A Petrobras está de olho no mercado de distribuição dos Estados Unidos, disse o diretor da área internacional da estatal, Jorge Zelada. Ele também confirmou que a estatal está participando do processo de licitação para explorar a área de Carabobo, na Venezuela. "É uma indústria que funciona em cadeia. Já atuamos na exploração no Golfo do México e também no refino. Naturalmente, a partir do momento que temos o refino, queremos distribuir nossos produtos", disse o diretor sobre o mercado americano. Ele participou na sexta-feira de almoço promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil.
Zelada destacou, no entanto, que ainda não há planos para a atuação nesta área no curto prazo. "Nosso plano de investimentos até 2013 não prevê nada nesse sentido", disse, lembrando que o projeto não visa atuação em um posto de combustível. Ele admitiu que esta possibilidade (de ter um posto de combustível) foi pensada no ano passado em relação ao Japão, mas não se mostrou viável.
Ele também confirmou a possibilidade de o projeto contemplar a área de álcool combustível, já que a companhia teria intenção de comercializar no mercado norte-americano o produto que seria exportado do Brasil.
Antes, o diretor havia afirmado em palestra que os Estados Unidos continuam sendo um dos principais focos estratégicos da Petrobras no segmento internacional e que há interesse da companhia de atrair novos parceiros para atuar junto a ela no golfo do México, visando minimizar os riscos no negócio.
Zelada também confirmou que a estatal está participando do processo de licitação para explorar a área de Carabobo, na Venezuela. Segundo ele, a Petrobras já adquiriu os dados geológicos da área e está aguardando o desenvolvimento do processo licitatório.
Segundo Zelada, a área não está mais vinculada à participação da estatal venezuelana PDVSA na composição acionária da refinaria de Pernambuco. As negociações entre as duas empresas para os investimentos na refinaria ainda não avançaram.
Ele informou ainda que a produção da Petrobras no exterior deve saltar este ano de 244 mil barris por dia para 341 mil bpd em 2010. Um dos principais acréscimos virá da participação da companhia na Nigéria.
Segundo ele, os campos de Akpo e Agbami alcançarão até o fim do ano o seu pico de produção. Zelada comentou que a África é uma área de interesse da estatal. Ele também destacou a possibilidade de usar a experiência da estatal no pré-sal para explorar esta fronteira naquela região. Mas frisou que ainda são necessários novos estudos para avançar na exploração do pré-sal na África.