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Crise elétrica abre novos mercados para Comgás

Empresa investirá em geradores movidos a gás.

Valor Econômico
07/07/2014 13:30
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Os fortes reajustes na conta de luz e a recente aprovação do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo pela Câmara Municipal, que incentiva o uso de gás, são boas notícias para a Comgás. A distribuidora paulista, maior empresa de gás natural canalizado do país, prevê que a instalação de geradores de energia movidos pelo combustível vai se proliferar nos próximos anos nos edifícios da capital paulista.
Com o aumento dos custos de produção do megawatt-hora, que tendem a permanecer em patamares mais altos até 2015, pelo menos, mais empresas e consumidores tendem a buscar alternativas para baixar as despesas no fim do mês. Os condicionadores de ar, ao lado do chuveiro, transformaram-se nos grandes vilões do consumo de eletricidade, antecipando até mesmo os picos de demanda de energia nas grandes cidades brasileiras para o início da tarde.
Enquanto as tarifas das distribuidoras de energia, como a Eletropaulo, registram aumentos quase 20% neste ano, as tarifas cobradas pela Comgás, que foram reajustadas no fim de maio, sofreram uma correção bem mais modesta, entre -0,8% e 3,7%, em razão de uma série de fatores, como a redução no custo do gás.
O mercado de geração distribuída, ou a energia produzida de forma descentralizada em residências ou empreendimentos comerciais, ainda é um negócio pequeno, mas vem aumentando em todo mundo, sobretudo com a instalação de painéis solares e micro turbinas eólicas. A expectativa da Comgás é que os geradores a gás também surfem a mesma onda, especialmente porque já existe uma infraestrutura de dutos na cidade, o que reduz custos e facilita a instalação de geradores, afirma o presidente da distribuidora de gás, Luís Henrique Guimarães.
A futura implementação de medidores inteligentes (smart grid) pelas distribuidoras de energia, que permitem que os consumidores vendam a energia gerada em excesso para o sistema elétrico, e as mudanças nos hábitos de consumo, como a maior utilização de carros elétricos e de dispositivos móveis, também tendem a acelerar o uso de energia e o crescimento do mercado de geração de distribuída em todo mundo. Espera-se que no Brasil não seja diferente.
Segundo Guimarães, a geração distribuída possui ainda outras vantagens, como a diminuição de perdas e a maior segurança no abastecimento, à medida que a energia é gerada no mesmo local em que é consumida, sem transitar pelos fios das redes de transmissão. Enquanto o fornecimento de energia elétrica sofre interrupções provocadas por fortes chuvas e ventos, a tubulação de gás não está sujeita a esses riscos, garante Guimarães.
Atualmente, a geração distribuída representa cerca de 4% das vendas da Comgás. O percentual também considera o mercado de cogeração, ou sistemas a gás instalados em edifícios e fábricas que combinam diferentes usos, como geração de eletricidade, produção de vapor, aquecimento ou esfriamento da água.
Guimarães, evita estimar quanto esse mercado poderá aumentar. Mas, de forma geral, segundo ele, existe espaço para triplicar o uso de gás natural em São Paulo, elevando sua inserção na matriz energética do Estado dos atuais 6,9% para 10,5%. Por aproximação, o mercado de energia distribuída poderia crescer no mesmo ritmo.
Os condomínios comerciais mais modernos, como o Rochaverrá, em São Paulo, já são construídos com uma ampla estrutura de cogeração de energia (elétrica e térmica), que fornece tanto a eletricidade utilizada para abastecer os sistema de ar condicionado, como para o esfriamento e aquecimento da água. Segundo a Comgás, só no Rochaverrá, por exemplo, são gerados 8 MW.
No entanto, grande parte dos geradores instalados nos edifícios ainda é movida a diesel, combustível que, além de ser mais poluente, piora a mobilidade urbana, já que precisa transitar em caminhões tanques pela cidade. "O Brasil ainda tem a cultura da eletricidade e do petróleo", diz o presidente da Comgás, cujo controle foi comprado pela Cosan por R$ 3,4 bilhões em 2012. A distribuidora de gás quer tirar uma parte do mercado de diesel com a oferta de geradores "flex", que permitem a utilização dos dois combustíveis.

Os fortes reajustes na conta de luz e a recente aprovação do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo pela Câmara Municipal, que incentiva o uso de gás, são boas notícias para a Comgás. A distribuidora paulista, maior empresa de gás natural canalizado do país, prevê que a instalação de geradores de energia movidos pelo combustível vai se proliferar nos próximos anos nos edifícios da capital paulista.

Com o aumento dos custos de produção do megawatt-hora, que tendem a permanecer em patamares mais altos até 2015, pelo menos, mais empresas e consumidores tendem a buscar alternativas para baixar as despesas no fim do mês. Os condicionadores de ar, ao lado do chuveiro, transformaram-se nos grandes vilões do consumo de eletricidade, antecipando até mesmo os picos de demanda de energia nas grandes cidades brasileiras para o início da tarde.

Enquanto as tarifas das distribuidoras de energia, como a Eletropaulo, registram aumentos quase 20% neste ano, as tarifas cobradas pela Comgás, que foram reajustadas no fim de maio, sofreram uma correção bem mais modesta, entre -0,8% e 3,7%, em razão de uma série de fatores, como a redução no custo do gás.

O mercado de geração distribuída, ou a energia produzida de forma descentralizada em residências ou empreendimentos comerciais, ainda é um negócio pequeno, mas vem aumentando em todo mundo, sobretudo com a instalação de painéis solares e micro turbinas eólicas. A expectativa da Comgás é que os geradores a gás também surfem a mesma onda, especialmente porque já existe uma infraestrutura de dutos na cidade, o que reduz custos e facilita a instalação de geradores, afirma o presidente da distribuidora de gás, Luís Henrique Guimarães.

A futura implementação de medidores inteligentes (smart grid) pelas distribuidoras de energia, que permitem que os consumidores vendam a energia gerada em excesso para o sistema elétrico, e as mudanças nos hábitos de consumo, como a maior utilização de carros elétricos e de dispositivos móveis, também tendem a acelerar o uso de energia e o crescimento do mercado de geração de distribuída em todo mundo. Espera-se que no Brasil não seja diferente.

Segundo Guimarães, a geração distribuída possui ainda outras vantagens, como a diminuição de perdas e a maior segurança no abastecimento, à medida que a energia é gerada no mesmo local em que é consumida, sem transitar pelos fios das redes de transmissão. Enquanto o fornecimento de energia elétrica sofre interrupções provocadas por fortes chuvas e ventos, a tubulação de gás não está sujeita a esses riscos, garante Guimarães.

Atualmente, a geração distribuída representa cerca de 4% das vendas da Comgás. O percentual também considera o mercado de cogeração, ou sistemas a gás instalados em edifícios e fábricas que combinam diferentes usos, como geração de eletricidade, produção de vapor, aquecimento ou esfriamento da água.

Guimarães, evita estimar quanto esse mercado poderá aumentar. Mas, de forma geral, segundo ele, existe espaço para triplicar o uso de gás natural em São Paulo, elevando sua inserção na matriz energética do Estado dos atuais 6,9% para 10,5%. Por aproximação, o mercado de energia distribuída poderia crescer no mesmo ritmo.

Os condomínios comerciais mais modernos, como o Rochaverrá, em São Paulo, já são construídos com uma ampla estrutura de cogeração de energia (elétrica e térmica), que fornece tanto a eletricidade utilizada para abastecer os sistema de ar condicionado, como para o esfriamento e aquecimento da água. Segundo a Comgás, só no Rochaverrá, por exemplo, são gerados 8 MW.

No entanto, grande parte dos geradores instalados nos edifícios ainda é movida a diesel, combustível que, além de ser mais poluente, piora a mobilidade urbana, já que precisa transitar em caminhões tanques pela cidade. "O Brasil ainda tem a cultura da eletricidade e do petróleo", diz o presidente da Comgás, cujo controle foi comprado pela Cosan por R$ 3,4 bilhões em 2012. A distribuidora de gás quer tirar uma parte do mercado de diesel com a oferta de geradores "flex", que permitem a utilização dos dois combustíveis.

 

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