Redação TN Petróleo/Assessoria Coppe
Pesquisadores da Coppe/UFRJ estão desenvolvendo um sistema capaz de identificar vazamento de óleo nos oceanos usando uma embarcação não tripulada. Batizado de Ariel (acrônimo para Autonomous Robot for Identification of Emulsified Liquids), o sistema é resultado de uma parceria da Coppe com as empresas TideWise e Farol.
Ariel é um sistema que combina embarcação autônoma (ASV) e veículo aéreo não tripulado (drone). Equipado com câmeras visuais para localização de vazamentos, e de câmeras visual e térmica para detecção de óleo, o drone decola de uma plataforma instalada na embarcação, denominada USV Tupan, da Tidewise, uma empresa formada por ex-alunos da Coppe.
Desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Controle e Automação, Engenharia de Aplicação e Desenvolvimento (Lead), o sistema de controle e pouso para drone foi testado com sucesso em ambiente externo, na Coppe. O projeto foi contratado pela Repsol Sinopec Brasil, com recursos da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
"Em breve, o sistema será testado no mar. O drone fará a primeira etapa de detecção de manchas de óleo usando câmera térmica. O resultado pode ser confirmado por sensores embutidos na embarcação autônoma, que detectam o óleo por contato", explicou o professor Alessandro Jacoud, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe.
Os veículos trabalham de forma autônoma e colaborativa, e o sistema integrado permite o monitoramento contínuo e a detecção rápida de vazamentos de óleo no mar. A integração de sensores meteoceanográficos possibilita integrá-los aos modelos de dispersão de óleo existentes, possibilitando análises preditivas. Além disso, a dupla verificação feita pelo Ariel permite uma análise mais confiável do que o método mais utilizado pela indústria do petróleo, que usa imagens de satélite.
"Outro grande ganho do projeto é eliminar alarmes falsos de qualquer incidente de vazamento de óleo, evitando, assim, os custos desnecessários de mobilização da equipe de contenção e limpeza", complementa Marcelo Andreotti, gerente de Pesquisas em Instalações de Produção e Operações da Repsol Sinopec Brasil e responsável pelo projeto na empresa.
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