Valor Econômico
A crise no setor já dura oito anos. A Copagaz, distribuidora de GLP, o gás de cozinha, enfrenta a concorrência do gás natural e viu, por isso, seu mercado diminuir. Mesmo assim, não cortou empregos nem os benefícios dados aos funcionários. Como resultado, enquanto concorrentes abandonaram o barco ou foram absorvidas por grupos maiores, a Copagaz - campeã do grupo de empresas com 501 a 1.000 funcionários - manteve-se firme e em condições de competir no mercado, graças à habilidade do seu pessoal, segundo o presidente do grupo, Ueze Zahran.
O segredo, de acordo com ele, está no investimento em qualificação das pessoas. A empresa cobre, com bolsas de estudos, até 70% dos custos com educação, até mesmo de familiares dos funcionários. O benefício, segundo Zahran, jamais será cortado.
"Nós passamos por momentos difíceis, mas aprendemos a economizar em outras coisas", diz Alessandro da Silva, analista de custos. "Hoje ninguém sai da sala sem apagar a luz, nem desperdiça papel." Silva começou na Copagaz há seis anos como office boy e cursou faculdade - 70% dos custos foram cobertos pela empresa.
Outros benefícios ajudam a manter a qualidade de vida do pessoal, o que também se traduz em maior produtividade. Um deles é o adicional de férias, pago além do já fixado por lei. A partir do segundo ano de casa, o empregado recebe entre 20% e 30% do salário no mês de férias. O adicional sobe para 40% no quarto ano, até chegar, progressivamente, a 105% do salário aos 15 anos de empresa.
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