Gás Natural

Consumo apresenta ligeira retração na indústria no mês de março e cresce nos segmentos automotivo e comercial

Queda na indústria é de 1,34% em março na comparação com o mês anterior; consumo sobe 1,8% no segmento automotivo e 1,96% no comercial no mesmo período.

Assessoria Abegás/Redação
31/05/2016 15:42
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Sofrendo o impacto causado pela desaceleração da economia brasileira, o consumo de gás natural no País no segmento industrial apresentou uma ligeira retração de 1,34% no mês de março frente aos resultados de fevereiro deste ano. A queda chegou a 15,2% na comparação com março de 2015. Os números são resultado de levantamento estatístico mensal da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), feito com concessionárias em 20 unidades da federação, acompanhando dados na indústria e nos segmentos residencial, comercial, automotivo, cogeração e termogeração, entre outros.

Na somatória de todos os segmentos, o consumo do insumo apresentou retração de 14,81% na comparação o mês anterior. Em março de 2016 foram consumidos 57.161,2 milhões de metros cúbicos/dia frente a 67,13 milhões de metros cúbicos/dia em fevereiro de 2016.

Na comparação com março de 2015, a queda é de 30,31%, reflexo da redução da atividade industrial e também do desligamento das térmicas a gás — o consumo na termogeração despencou 27,2% em relação ao mês anterior e 50,5% em relação a março do ano passado, consequência direta da queda na demanda por energia elétrica no País.

“O estudo da Abegás funciona como um indicador da atividade econômica do País. A queda no consumo do segmento industrial, por exemplo, é um claro reflexo desse momento de crise. Mas acreditamos que esse panorama vai mudar e o gás natural é um insumo estratégico para a retomada do crescimento econômico”, explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

“Precisamos resolver as questões tributárias na cadeia do gás natural. A questão do ICMS incidente no Transporte e Importação e do ICMS Interestadual é um entrave para a retomada da agenda de investimentos no setor, é necessário buscar um pacto entre todos os Estados. Entendemos claramente o momento vivido pelos Estados em que há necessidade de receita, mas travar a agenda do ICMS – em que os Estados ficam com o ônus da acumulação de créditos – não atrai os investimentos que gerarão empregos e renda”, alerta Salomon.

Outros segmentos

Os números do levantamento da Abegás no mês de março, na comparação com fevereiro, revelam um crescimento do consumo de gás natural no País em dois segmentos: automotivo e comercial.

O uso de Gás Natural Veicular (GNV) teve crescimento de 1,8% em relação ao mês anterior e de 0,81% em relação a março de 2015. Já o segmento comercial apresentou alta de 1,96% % em relação aos dados do mês anterior e de 6,21% frente aos números de março de 2015.

No segmento residencial, o consumo caiu 1,52% em março frente a fevereiro de 2015 e subiu 15,4% na comparação com março do ano anterior.

“O bom resultado na comparação anual dos segmentos comercial e residencial é um sinal de que o gás natural está chegando a um número cada vez maior de clientes, fruto do investimento constante das concessionárias em expansão das redes de distribuição”, diz o presidente executivo da Abegás.

O segmento de cogeração se manteve praticamente estável, com ligeira retração em março ante fevereiro (0,92%) e crescimento de 0,19% frente a março de 2015.

Consumo nas regiões em março de 2016 (ante fevereiro/2016)

Na região Sudeste, o consumo de gás natural cresceu nos segmentos automotivo (2,6%) e comercial (2,2%).

Na região Sul, destaque para o segmento industrial, que cresceu 2,9%. Também vale registro a alta no segmento residencial (25,1%), comercial (6,8%) e cogeração (8,3%).

No Nordeste, o consumo no residencial subiu 1,2%.

No Centro-Oeste, os segmentos residencial e comercial apontaram alta de 46,6% e 32,7%, respectivamente.

Na região Norte, comercial e industrial cresceram 10,8% e 3,2%, respectivamente.

 

 

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