Mobilidade Urbana

Congestionamentos no RJ e SP geram custos de R$ 98 bi

Estudo foi divulgado pela Firjan.

Agência Brasil
29/07/2014 10:17
Congestionamentos no RJ e SP geram custos de R$ 98 bi Imagem: Free Images Visualizações: 1594

 

Os congestionamentos de trânsito registrados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo geraram custo econômico de R$ 98 bilhões, no ano passado, de acordo com estudo técnico divulgado hoje (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O cálculo considera a perda de produção não concretizada e o gasto extra de combustíveis. O custo da mobilidade equivale a 2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e riquezas geradas pelo país) do ano passado, disse à 'Agência Brasil' o economista Riley Rodrigues, especialista em competitividade industrial e investimentos do Sistema Firjan.
No caso da região metropolitana do Rio de Janeiro, o tempo médio perdido por dia em congestionamentos atingiu 130 quilômetros (km), acarretando prejuízo econômico de R$ 29 bilhões, em 2013, ou o equivalente a 8,2% do PIB metropolitano. Já na região metropolitana de São Paulo, os congestionamentos somaram 300 km em média, por dia, no ano passado, com custo de R$ 69,4 bilhões, o que correspondeu a 7,8% do PIB metropolitano.
A situação pode se agravar, se não forem tomadas medidas adequadas, aponta o estudo. Rodrigues informou que quando se observa a região metropolitana do Rio, percebe-se que o custo do congestionamento pode chegar a R$ 40 bilhões, em 2022, com extensão diária de 182 km, enquanto em São Paulo o congestionamento pode chegar, no mesmo período,  a 357 km/dia, com custo equivalente a R$ 120 bilhões.
Riley Rodrigues disse que, no Rio de Janeiro, são feitas diariamente 23,4 milhões de viagens, das quais 7,1 milhões a pé ou de bicicleta. Já em São Paulo, são 43,8 milhões de viagens por dia, sendo 14,3 milhões a pé ou de bicicleta. O restante é feito por transporte motorizado (ônibus, trem, metrô, táxi, automóvel e motocicleta principalmente). Ele ressaltou que “São Paulo tem uma demanda muito maior, derivada de uma população também maior”.
Como a economia de São Paulo é mais forte, o economista indicou que a demanda é maior e, por isso, os investimentos em mobilidade na região metropolitana acabam não tendo impacto de redução nos congestionamentos. “Eles reduzem o ritmo de crescimento do congestionamento, que cresce de forma mais lenta, mas não inverte a curva e começa a diminuir. Por isso, você tem um congestionamento crescente e um custo desse engarrafamento, porque a demanda é muito grande”.
No caso do Rio de Janeiro, como a demanda é bem menor, a Firjan projeta uma queda do custo do congestionamento de R$ 29 bilhões para R$ 25 bilhões, em 2014 e 2015. A partir de 2016, porém,  recupera-se a tendência de crescimento, “caso não haja investimento em transporte de massa e em mudança do fluxo de mobilidade”, apontou Rodrigues. Como não existe uma formação de nova ação para ampliar a cobertura do sistema de transporte de massa no Rio, “com o crescimento da economia e o aumento da população, a demanda por mobilidade  cresce”.
Como a maioria das pessoas se desloca para o mesmo local, no mesmo horário, e o transporte motorizado ainda é a principal forma de demanda, o congestionamento acaba se elevando. A saída, assegurou o economista, é aumentar o transporte de massa e alterar o fluxo da mobilidade. Onde existir desequilíbrio entre oferta de moradias e de emprego, a solução é criar  opções para que as pessoas comecem a trabalhar próximo de suas casas. Para isso, é preciso levar infraestrutura urbana para perto de onde as pessoas moram. Isso reduz  o deslocamento.
“Fazendo isso, eu distribuo as viagens por toda a região metropolitana; paro de jogar todo mundo na mesma direção, na mesma hora”, disse ele. Segundo Rodrigues, isso traz um impacto de longo prazo na mobilidade. “Eu melhoro muito a mobilidade de maneira planejada, com adensamento racional das regiões, sem contar que, ao fazer isso, eu também provoco um desenvolvimento de áreas hoje deprimidas, porque estou incentivando a abertura de investimentos em áreas que atualmente não têm muita oferta”, esclareceu, e reiterou que o planejamento integrado é a solução para diversos vetores.

Os congestionamentos de trânsito registrados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo geraram custo econômico de R$ 98 bilhões, no ano passado, de acordo com estudo técnico divulgado hoje (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O cálculo considera a perda de produção não concretizada e o gasto extra de combustíveis. O custo da mobilidade equivale a 2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e riquezas geradas pelo país) do ano passado, disse à 'Agência Brasil' o economista Riley Rodrigues, especialista em competitividade industrial e investimentos do Sistema Firjan.

No caso da região metropolitana do Rio de Janeiro, o tempo médio perdido por dia em congestionamentos atingiu 130 quilômetros (km), acarretando prejuízo econômico de R$ 29 bilhões, em 2013, ou o equivalente a 8,2% do PIB metropolitano. Já na região metropolitana de São Paulo, os congestionamentos somaram 300 km em média, por dia, no ano passado, com custo de R$ 69,4 bilhões, o que correspondeu a 7,8% do PIB metropolitano.

A situação pode se agravar, se não forem tomadas medidas adequadas, aponta o estudo. Rodrigues informou que quando se observa a região metropolitana do Rio, percebe-se que o custo do congestionamento pode chegar a R$ 40 bilhões, em 2022, com extensão diária de 182 km, enquanto em São Paulo o congestionamento pode chegar, no mesmo período,  a 357 km/dia, com custo equivalente a R$ 120 bilhões.

Riley Rodrigues disse que, no Rio de Janeiro, são feitas diariamente 23,4 milhões de viagens, das quais 7,1 milhões a pé ou de bicicleta. Já em São Paulo, são 43,8 milhões de viagens por dia, sendo 14,3 milhões a pé ou de bicicleta. O restante é feito por transporte motorizado (ônibus, trem, metrô, táxi, automóvel e motocicleta principalmente). Ele ressaltou que “São Paulo tem uma demanda muito maior, derivada de uma população também maior”.

Como a economia de São Paulo é mais forte, o economista indicou que a demanda é maior e, por isso, os investimentos em mobilidade na região metropolitana acabam não tendo impacto de redução nos congestionamentos. “Eles reduzem o ritmo de crescimento do congestionamento, que cresce de forma mais lenta, mas não inverte a curva e começa a diminuir. Por isso, você tem um congestionamento crescente e um custo desse engarrafamento, porque a demanda é muito grande”.

No caso do Rio de Janeiro, como a demanda é bem menor, a Firjan projeta uma queda do custo do congestionamento de R$ 29 bilhões para R$ 25 bilhões, em 2014 e 2015. A partir de 2016, porém,  recupera-se a tendência de crescimento, “caso não haja investimento em transporte de massa e em mudança do fluxo de mobilidade”, apontou Rodrigues. Como não existe uma formação de nova ação para ampliar a cobertura do sistema de transporte de massa no Rio, “com o crescimento da economia e o aumento da população, a demanda por mobilidade  cresce”.

Como a maioria das pessoas se desloca para o mesmo local, no mesmo horário, e o transporte motorizado ainda é a principal forma de demanda, o congestionamento acaba se elevando. A saída, assegurou o economista, é aumentar o transporte de massa e alterar o fluxo da mobilidade. Onde existir desequilíbrio entre oferta de moradias e de emprego, a solução é criar  opções para que as pessoas comecem a trabalhar próximo de suas casas. Para isso, é preciso levar infraestrutura urbana para perto de onde as pessoas moram. Isso reduz  o deslocamento.

“Fazendo isso, eu distribuo as viagens por toda a região metropolitana; paro de jogar todo mundo na mesma direção, na mesma hora”, disse ele. Segundo Rodrigues, isso traz um impacto de longo prazo na mobilidade. “Eu melhoro muito a mobilidade de maneira planejada, com adensamento racional das regiões, sem contar que, ao fazer isso, eu também provoco um desenvolvimento de áreas hoje deprimidas, porque estou incentivando a abertura de investimentos em áreas que atualmente não têm muita oferta”, esclareceu, e reiterou que o planejamento integrado é a solução para diversos vetores.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Royalties
Valores referentes à produção de outubro para contratos ...
24/12/25
PD&I
ANP aprimora documentos relativos a investimentos da Clá...
23/12/25
CBios
RenovaBio: prazo para aposentadoria de CBIOS por distrib...
23/12/25
GNV
Sindirepa aguarda redução no preço do GNV para o início ...
23/12/25
Apoio Offshore
OceanPact firma contrato de cerca de meio bilhão de reai...
23/12/25
Sergipe
Governo de Sergipe e Petrobras debatem infraestrutura e ...
23/12/25
Drilling
Foresea é eleita a melhor operadora de sondas pela 4ª ve...
22/12/25
Certificação
MODEC celebra 10 anos da certificação de SPIE
22/12/25
Pré-Sal
ANP autoriza início das operações do FPSO P-78 no campo ...
22/12/25
IBP
Congresso Nacional fortalece papel da ANP
22/12/25
E&P
Investimento para o desenvolvimento do projeto Sergipe Á...
19/12/25
Bahia Oil & Gas Energy
Bahia Oil & Gas Energy abre inscrições para atividades t...
19/12/25
PPSA
Produção em regime de partilha ultrapassa 1,5 milhão de ...
19/12/25
Petroquímica
Petrobras assina novos contratos de longo prazo com a Br...
19/12/25
Energia Eólica
ENGIE inicia operação comercial total do Conjunto Eólico...
18/12/25
Parceria
Energia renovável no Brasil: Petrobras e Lightsource bp ...
18/12/25
Biorrefinaria
Inpasa anuncia nova biorrefinaria em Rondonópolis (MT) e...
18/12/25
iBEM26
Startup Day vai mostrar tendências e inovações do setor ...
17/12/25
PD&I
Rio ganha novo Centro de Referência em Tecnologia da Inf...
17/12/25
Etanol de milho
Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biom...
17/12/25
Gás Natural
Produção de gás natural bate recorde no Brasil, e consum...
17/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.