Internacional

Compra de petróleo venezuelano pelos EUA é a menor em 30 anos

Produção de óleo xisto é um dos fatores.

Valor Econômico
14/12/2012 11:38
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Não faz muito tempo que Hugo Chávez, o presidente esquerdista da Venezuela, ameaçava quase todo mês os EUA, dizendo que suspenderia as exportações de petróleo ao país. Washington levava as ameaças a sério devido à importância de Caracas para o abastecimento de energia americano.
Não leva mais. A dependência americana das exportações venezuelanas de petróleo e de derivados caiu para níveis observados, pela última vez, quase 30 anos atrás. Essas exportações incluem as Ilhas Virgens americanas, responsáveis, em boa parte, pelo refino do petróleo venezuelano, exportado em seguida para os EUA.
A queda acentuada deve-se a três fatores. O total do petróleo importado pelos EUA caiu devido ao surto de produção de óleo de xisto. Além disso, o fechamento de uma grande refinaria nas Ilhas Virgens copertencente à Petróleos de Venezuela (PDVSA) reduziu ainda mais as importações americanas de derivados de petróleo de origem venezuelana. E, mais recentemente, a Venezuela começou a importar grandes volumes de gasolina produzida nos EUA para neutralizar os efeitos de um episódio local de escassez.
A redução das importações americanas de petróleo e derivados de origem venezuelana já vem ocorrendo há cinco anos. O novo fator agora é a escalada das exportações americanas de derivados de petróleo para a Venezuela. Em setembro, refinarias americanas enviaram a Caracas o volume recorde de 196 mil barris/dia de gasolina e de outros derivados de petróleo.
A Agência Internacional de Energia (AIE), o órgão regulador dos países ocidentais na área de petróleo, associa a escalada das exportações americanas a paralisações da produção nas refinarias venezuelanas de Amuay e El Palito.
A unidade de Amuay, parte do Centro de Refino de Paraguaná, de 955 mil barris/dia - o segundo maior do mundo depois da refinaria de Jamnagar, na Índia - sofreu uma explosão e um incêndio em agosto que mataram quase 50 pessoas e deixaram mais de 150 feridas. Embora Caracas tenha dito várias vezes que a refinaria está voltando à produção plena, o forte crescimento da venda de derivados de petróleo por parte dos EUA sugere o contrário.
O salto das exportações americanas de gasolina para a Venezuela permite deduzir que, de cada dez barris de petróleo enviados por Caracas aos EUA, dois voltam à Venezuela sob a forma de derivados. As exportações americanas de derivados de petróleo responderam em setembro por aproximadamente 20% do consumo interno de petróleo por parte da Venezuela, de cerca de 1 milhão de barris/dia.
A combinação entre a queda das exportações de petróleo pela Venezuela - tanto o procedente do próprio país sul-americano quanto o processado nas ilhas Virgens - e o aumento das exportações americanas de gasolina reduziu em junho as importações americanas líquidas de petróleo originário da Venezuela para 685 mil barris/dia, a mais baixa desde março de 1984, segundo estimativas do "Financial Times" baseadas em dados do Departamento de Informações Energéticas dos EUA. As importações americanas líquidas de petróleo venezuelano registraram ligeira recuperação em setembro - o último mês para o qual há dados -, alcançando 839 mil barris/dia.
Chávez, que se submete a tratamento contra câncer em Cuba, pode ameaçar um embargo do petróleo no futuro, como fez durante a recente campanha eleitoral. Mas sua ameaça não mais preocupará Washington.

Não faz muito tempo que Hugo Chávez, o presidente esquerdista da Venezuela, ameaçava quase todo mês os EUA, dizendo que suspenderia as exportações de petróleo ao país. Washington levava as ameaças a sério devido à importância de Caracas para o abastecimento de energia americano.


Não leva mais. A dependência americana das exportações venezuelanas de petróleo e de derivados caiu para níveis observados, pela última vez, quase 30 anos atrás. Essas exportações incluem as Ilhas Virgens americanas, responsáveis, em boa parte, pelo refino do petróleo venezuelano, exportado em seguida para os EUA.


A queda acentuada deve-se a três fatores. O total do petróleo importado pelos EUA caiu devido ao surto de produção de óleo de xisto. Além disso, o fechamento de uma grande refinaria nas Ilhas Virgens copertencente à Petróleos de Venezuela (PDVSA) reduziu ainda mais as importações americanas de derivados de petróleo de origem venezuelana. E, mais recentemente, a Venezuela começou a importar grandes volumes de gasolina produzida nos EUA para neutralizar os efeitos de um episódio local de escassez.


A redução das importações americanas de petróleo e derivados de origem venezuelana já vem ocorrendo há cinco anos. O novo fator agora é a escalada das exportações americanas de derivados de petróleo para a Venezuela. Em setembro, refinarias americanas enviaram a Caracas o volume recorde de 196 mil barris/dia de gasolina e de outros derivados de petróleo.


A Agência Internacional de Energia (AIE), o órgão regulador dos países ocidentais na área de petróleo, associa a escalada das exportações americanas a paralisações da produção nas refinarias venezuelanas de Amuay e El Palito.


A unidade de Amuay, parte do Centro de Refino de Paraguaná, de 955 mil barris/dia - o segundo maior do mundo depois da refinaria de Jamnagar, na Índia - sofreu uma explosão e um incêndio em agosto que mataram quase 50 pessoas e deixaram mais de 150 feridas. Embora Caracas tenha dito várias vezes que a refinaria está voltando à produção plena, o forte crescimento da venda de derivados de petróleo por parte dos EUA sugere o contrário.


O salto das exportações americanas de gasolina para a Venezuela permite deduzir que, de cada dez barris de petróleo enviados por Caracas aos EUA, dois voltam à Venezuela sob a forma de derivados. As exportações americanas de derivados de petróleo responderam em setembro por aproximadamente 20% do consumo interno de petróleo por parte da Venezuela, de cerca de 1 milhão de barris/dia.


A combinação entre a queda das exportações de petróleo pela Venezuela - tanto o procedente do próprio país sul-americano quanto o processado nas ilhas Virgens - e o aumento das exportações americanas de gasolina reduziu em junho as importações americanas líquidas de petróleo originário da Venezuela para 685 mil barris/dia, a mais baixa desde março de 1984, segundo estimativas do "Financial Times" baseadas em dados do Departamento de Informações Energéticas dos EUA. As importações americanas líquidas de petróleo venezuelano registraram ligeira recuperação em setembro - o último mês para o qual há dados -, alcançando 839 mil barris/dia.


Chávez, que se submete a tratamento contra câncer em Cuba, pode ameaçar um embargo do petróleo no futuro, como fez durante a recente campanha eleitoral. Mas sua ameaça não mais preocupará Washington.

 

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