Agência Brasil/RedaçãoD
Os ministros do recém-criado Comitê Econômico do governo federal entregarão, em 15 dias, ao presidente interino, Michel Temer, propostas visando à retomada da atividade econômica. O grupo abrangerá pastas não inseridas no núcleo central da economia.
A primeiro reunião do grupo aconteceu ontem. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o objetivo do encontro foi a apresentação de um inventário com a situação nos ministérios.
"O presidente Temer pediu que sinalizassem medidas a serem tomadas nos ministérios para o que chamamos de 'animação econômica', de forma a conseguirmos a estabilização", disse Padilha.
O comitê será formado pelos ministérios do Planejamento; das Relações Exteriores; da Indústria, Comércio e Serviços; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ciência, Tecnologia e Inovação; Trabalho e Turismo, além da própria Casa Civil.
"Os temas econômicos serão discutidos com um grupo ampliado com outros ministérios, de forma a permitir uma diversificação da discussão e também que os problemas de cada área sejam trazidos para discussão, na busca por solução", disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Regras estáveis
Segundo Oliveira, as medidas terão cunho mais regulatório e de criação de regras estabilizadoras, que permitam maior competição dos mercados e que tornem os investimentos mais seguros e as decisões econômicas mais previsíveis.
Para ele, essas medidas se enquadrarão dentro de uma sequência da política econômica que começou com as ações de estabilização fiscal já anunciadas e de outras que ainda estão sendo discutidas, no sentido da redução de despesas e controle de uma maior qualidade do gasto.
"Nosso entendimento é de que a estabilização fiscal é a base do desenvolvimento econômico", disse.
Oliveira ainda destacou que o governo não estará limitado a apenas a agenda de controle fiscal.
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