Redação/Assessoria Firjan
O total exportado pelo Rio de Janeiro em 2018 já superou as exportações anuais do estado dos últimos cinco anos. De janeiro a outubro, as vendas externas aumentaram 36% (US$ 25,5 bilhões) e as importações, 115% (US$ 19,8 bilhões), como mostra o boletim Firjan Rio Exporta de novembro, produzido pela Firjan. Com isso, o estado fluminense registrou um saldo comercial positivo de US$ 5,7 bilhões, garantindo uma corrente de comércio (soma das exportações e das importações) 62% maior do que no mesmo período de 2017.
O resultado consolida o Rio como o segundo player entre os estados brasileiros com maior fluxo internacional, com uma participação de 13% no comércio exterior do país, atrás apenas de São Paulo. “O avanço das exportações no acumulado anual não está apenas baseado nas vendas externas de produtos básicos, sobretudo de petróleo, mas também devido ao aumento de 29% das exportações de bens industrializados”, destacou Claudia Teixeira dos Santos, especialista em Comércio Exterior da Área Internacional da federação.
O boletim Rio Exporta está disponível no link http://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/boletim-rio-exporta.htm
Alta dos setores metalúrgico e químicos
Segundo o estudo, as vendas externas do setor metalúrgico do estado do Rio tiveram um aumento de 19% no acumulado do ano. “Como já vem sendo observado nos boletins anteriores, o impacto significativo é uma consequência das exportações para os Estados Unidos”. A medida restritiva do governo de Donald Trump, que impõe cotas e sobretaxas para a importação de aço, fez com que as empresas brasileiras e fluminenses iniciassem uma corrida para exportar antes de o limite ser atingido.
A indústria de produtos químicos também puxou o crescimento das exportações em 2018, com um incremento de 14%. Em contrapartida, o Rio Exporta mostra que o impacto negativo no setor automotivo persiste por conta da crise financeira na Argentina, com a redução de 10% das vendas externas da indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias, impactadas pelas saídas de automóveis de passageiros para o país vizinho.
O Boletim mostra também que o avanço das importações fluminenses foi em decorrência das aquisições de bens industriais, que cresceram 168%, com destaque para importações de barcos e plataformas flutuantes. “Esse aumento das importações fictas relacionadas à indústria de petróleo, amparadas pelo Repetro, é reflexo da mudança recente do regime que passa a estender os benefícios para importação definitiva desses bens”, explica a especialista da Firjan.
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