Energia Elétrica

Com sobra superior a 6 mil MW, sistema está em equilíbrio, reforça CMSE

Capacidade de geração e transmissão instalada no país continua sendo ampliada.

MME
08/12/2014 12:11
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Presidido pelo Ministro Edison Lobão, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) reforçou, em sua última reunião de 2014, que o sistema elétrico está estruturalmente equilibrado, com sobra de mais de 6.000 MW médios para atender a carga prevista. Os agentes se reuniram na tarde desta quarta-feira, 3 de dezembro de 2014.
 
Para 2015, o CMSE afirma, com base em suas análises, que o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste é ordem de 4,2% e 0,3%, respectivamente, os quais atendem ao critério de planejamento estabelecido pelo CNPE.

Nota Informativa de 03 de dezembro de 2014
 
O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações, considerando-se tanto o critério probabilístico (riscos anuais de déficit), como as análises com as séries históricas de vazões, para o atendimento da carga prevista para 2014, da ordem de 65.800 MW médios de energia.
 
O Sistema Interligado Nacional – SIN, dispõe das condições para o abastecimento do País, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado uma situação climática desfavorável no período úmido desse ano. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há sobra estrutural de cerca de 6.600 MW médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses e a nova projeção de demanda. Em 2014, já entraram em operação 6.494 MW, superando o total de 6.000 MW previstos.
 
No mês de novembro, choveu ligeiramente abaixo da média histórica no Rio Grande do Sul, e de forma aproximadamente normal nos demais Estados da região Sul. Na região Sudeste choveu ligeiramente acima da média histórica no oeste de São Paulo e no centro-sul de Minas Gerais; nas demais áreas choveu ligeiramente abaixo da média histórica. Na região Centro-Oeste choveu ligeiramente acima da média histórica na metade sul e abaixo do normal no extremo norte de Goiás e no centro-norte do Mato Grosso. Na região Nordeste choveu em geral acima da média histórica na maior parte dessa região, com destaque para as chuvas fora de época e superiores aos valores normais no semiárido nordestino. Na região Norte, choveu dentro dos valores normais de uma forma geral. Assim, as afluências verificadas em outubro foram 68%, 40%, 92% e 76% da média histórica nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente. O fenômeno El Niño, atualmente com intensidade fraca a moderada, permanecerá em desenvolvimento nos próximos meses, possibilitando a ocorrência de precipitação na região Sul com valores normais ou superiores à média histórica.
 
Considerando a configuração do sistema do Programa Mensal de Operação – PMO, de novembro de 2014, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 81 séries observadas no histórico[i] obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia iguais a zero para as regiões Sudeste/Centro-Oeste  e Nordeste[ii].
 
Outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia do suprimento no ano de 2014, uma vez que se dispõe atualmente de um parque de geração termelétrico significativo, que vem sendo utilizado como complementação à geração hidrelétrica.
 
Mesmo com o sistema em equilíbrio estrutural, ações conjunturais específicas podem ser necessárias, em função da distribuição espacial dos volumes armazenados, cabendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014, para preservação dos estoques nos principais reservatórios de cabeceira do SIN. Esses fatos conjugados levaram a uma menor redução do nível de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste e, também, ratificam a garantia do atendimento energético em 2014, evidenciando as vantagens do Sistema Interligado Nacional, capturando os benefícios da diversidade hidrológica entre as regiões.
 
Análises prospectivas de desempenho do sistema realizadas pelo ONS para o período 2015 a 2018, utilizando todos os recursos disponíveis em 2015 e as 2.000 séries sintéticas de afluências, apontam valores para o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste da ordem de 4,2% e 0,3%, respectivamente, os quais atendem ao critério de planejamento estabelecido pelo CNPE.
 
Com base nas análises efetuadas, observa-se que as condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional mantiveram-se estáveis, como previsto, em relação ao mês anterior.
 
O CMSE, na sua competência legal, monitora as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do país.

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