Internacional

Com novo governo, Japão deve voltar à energia nuclear

Também poderão ser construídas novas usinas.

Valor Econômico
20/12/2012 14:00
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A volta de Shinzo Abe e do seu Partido Liberal Democrático (PLD) ao poder no Japão deve representar o fim dos planos do país de desativar todos os reatores nucleares até 2040. Durante a campanha, o PLD defendeu o uso da energia atômica e não descartou a construção de novas usinas.
A mudança na atual política energética, determinada pelo governo do atual primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, após o terremoto e tsunami que deflagraram o acidente nuclear na usina de Fukushima, em março do ano passado, deverá afetar o panorama da demanda global por combustíveis fósseis para os próximos anos. O Japão é o maior importador mundial de carvão, o segundo maior de gás e o terceiro maior de petróleo. Dos 50 reatores nucleares do país, hoje estão em operação apenas 2.
Devido à proximidade de novas eleições - em julho será renovada a câmara alta do Parlamento -, o PLD deve se mover com cautela. Para analistas, o partido não vai querer dar a impressão de estar muito ansioso pela energia atômica até estar definido o resultado eleitoral.
Durante a campanha, o partido anunciou a intenção de decidir sobre o religamento dos reatores "num prazo de três anos" e "estabelecer a melhor composição de fontes energéticas para o Japão num prazo de dez anos".
Na segunda-feira, um dia após a vitória do PLD nas eleições para a câmara baixa do Parlamento, as ações das companhias energéticas tiveram forte alta. O índice Topix de gás e eletricidade subiu 9,2%. A Tokyo Electric Power Co. (Tepco) avançou 17%. Analistas, no entanto, consideram que será difícil a manutenção dos ganhos, devido à oposição pública à reativação dos reatores nucleares. "Só porque os políticos dizem querer religar os reatores não quer dizer que realmente terão condições de fazer isso", disse Ayako Sera, estrategista de mercado do Sumitomo Mitsui Trust Bank.
Em um fórum público realizado em agosto com apoio governamental, 47% dos participantes se disseram favoráveis a eliminar totalmente os reatores nucleares da matriz energética japonesa. A mesma opinião se refletiu em diversas pesquisas realizadas por jornais nos últimos 18 meses.
Apesar disso, o recém-fundado Partido do Amanhã do Japão, que concorreu com uma plataforma centrada na oposição à energia nuclear, fracassou nas urnas, elegendo apenas 9 dos 480 parlamentares. "A prioridade número um dos eleitores foi uma economia estável e empregos, e não uma política para a energia nuclear", justificou Yukiko Kada, a líder do partido.

A volta de Shinzo Abe e do seu Partido Liberal Democrático (PLD) ao poder no Japão deve representar o fim dos planos do país de desativar todos os reatores nucleares até 2040. Durante a campanha, o PLD defendeu o uso da energia atômica e não descartou a construção de novas usinas.


A mudança na atual política energética, determinada pelo governo do atual primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, após o terremoto e tsunami que deflagraram o acidente nuclear na usina de Fukushima, em março do ano passado, deverá afetar o panorama da demanda global por combustíveis fósseis para os próximos anos. O Japão é o maior importador mundial de carvão, o segundo maior de gás e o terceiro maior de petróleo. Dos 50 reatores nucleares do país, hoje estão em operação apenas 2.


Devido à proximidade de novas eleições - em julho será renovada a câmara alta do Parlamento -, o PLD deve se mover com cautela. Para analistas, o partido não vai querer dar a impressão de estar muito ansioso pela energia atômica até estar definido o resultado eleitoral.


Durante a campanha, o partido anunciou a intenção de decidir sobre o religamento dos reatores "num prazo de três anos" e "estabelecer a melhor composição de fontes energéticas para o Japão num prazo de dez anos".


Na segunda-feira, um dia após a vitória do PLD nas eleições para a câmara baixa do Parlamento, as ações das companhias energéticas tiveram forte alta. O índice Topix de gás e eletricidade subiu 9,2%. A Tokyo Electric Power Co. (Tepco) avançou 17%. Analistas, no entanto, consideram que será difícil a manutenção dos ganhos, devido à oposição pública à reativação dos reatores nucleares. "Só porque os políticos dizem querer religar os reatores não quer dizer que realmente terão condições de fazer isso", disse Ayako Sera, estrategista de mercado do Sumitomo Mitsui Trust Bank.


Em um fórum público realizado em agosto com apoio governamental, 47% dos participantes se disseram favoráveis a eliminar totalmente os reatores nucleares da matriz energética japonesa. A mesma opinião se refletiu em diversas pesquisas realizadas por jornais nos últimos 18 meses.


Apesar disso, o recém-fundado Partido do Amanhã do Japão, que concorreu com uma plataforma centrada na oposição à energia nuclear, fracassou nas urnas, elegendo apenas 9 dos 480 parlamentares. "A prioridade número um dos eleitores foi uma economia estável e empregos, e não uma política para a energia nuclear", justificou Yukiko Kada, a líder do partido.

 

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