Mobilidade Sustentável

Com apoio de indústrias, estudantes brasileiros constroem de forma pioneira veículos movidos a hidrogênio para competição

Hidrogênio vem ganhando cada vez mais projeção na indústria automotiva, como uma alternativa de combustível que não gera poluentes e que pode garantir maior autonomia que a de veículos elétricos, por exemplo.

Redação TN Petróleo/Assessoria
01/12/2022 10:07
Com apoio de indústrias, estudantes brasileiros constroem de forma pioneira veículos movidos a hidrogênio para competição Imagem: Divulgação Visualizações: 1164 (0) (0) (0) (0)

Para participar de uma competição inédita, estudantes de engenharia brasileiros foram os primeiros no mundo a construir na universidade protótipos de veículos movidos a hidrogênio - um combustível limpo e que promete ter amplo uso na indústria automobilística nos próximos anos. Na tarefa, os universitários contaram com o apoio de indústrias, através do patrocínio das equipes, troca de experiências técnicas, além de networking, o que acaba facilitando, depois, a entrada dos alunos no mercado de trabalho.

Construídos por oito universidades de diversas regiões do país, os veículos estudantis são do tipo baja (protótipos off road projetados para vencer terrenos acidentados) e Fórmula (inspirados em carros de corrida). Eles participaram da 1ª competição SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge, realizada em agosto no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA-SP).

Combustível limpo 

Vale lembrar que o hidrogênio vem ganhando cada vez mais projeção na indústria automotiva, como uma alternativa de combustível que não gera poluentes e que pode garantir maior autonomia que a de veículos elétricos, por exemplo. Diversas montadoras já começaram a lançar modelos com a tecnologia e a expectativa é que o uso do combustível limpo só cresça nos próximos anos, chegando até ao abastecimento de veículos maiores, como caminhões, navios e até aviões.

Uma das patrocinadoras da equipe baja elétrico movido a hidrogênio da Unicamp (SP) – e também da equipe Fórmula, da mesma universidade, mas nesse caso no projeto a combustão - a fabricante de especialidades químicas Quimatic Tapmatic apresentou em seu quadro no youtube “Quimatic Visita” detalhes de como os carros foram construídos e como os estudantes avaliam a experiência.

Mais preparo para o mercado de trabalho

Reconhecido mundialmente, o projeto SAE permite aos universitários aplicar na prática, durante a construção dos veículos, os conhecimentos adquiridos em sala de aula e ir muito além. 

Com os desafios impostos pelos projetos, a iniciativa fortalece o preparo dos estudantes para o mercado de trabalho. Na Unicamp, os projetos Fórmula e Baja contam com a participação de cerca de 50 estudantes em cada uma das equipes, com alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Controle e Automação, entre outras especializações. Neste ano, a Unicamp venceu a SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge (a competição de veículos elétricos movidos a hidrogênio) e ficou em quinto lugar na prova de carros Fórmula movidos a combustão.

Na execução dos projetos, os estudantes – sempre supervisionadas por um professor – se organizam em departamentos (como se, de fato, estivessem em uma empresa), buscam patrocinadores para viabilizar seu veículo, fazem todos os testes em uma oficina montada por eles mesmos na universidade e, por fim, pilotam as máquinas. 

Apoio de patrocinadores

As empresas patrocinadoras têm uma grande importância para que os projetos saiam do papel. Além do apoio financeiro, muitas colaboram fornecendo conhecimento técnico, serviços e produtos para uso na construção dos veículos.

A Quimatic Tapmatic, por exemplo, já apoia os estudantes da Unicamp há alguns anos. Os produtos da empresa ajudam na montagem dos veículos e também nas manutenções antes, durante e após as provas. Um dos destaques neste ano foi o uso da Fita Isolante Líquida Quimatic para garantir maior qualidade no isolamento de componentes elétricos que fazem parte do sistema a hidrogênio.

Desafios para 2023

Após o fim das competições de 2022, os universitários têm pouco tempo para saborear suas conquistas. Afinal, já é hora de começar a pensar no projeto de 2023, avaliar o que deu certo, o que deu errado, quais peças sofreram mais desgaste ou quebraram, e o que pode ser melhorado no próximo projeto.

Na mudança de ciclo, novos integrantes – geralmente calouros – ingressam nas equipes, enquanto estudantes com mais tempo podem sair para focar em outros desafios. Mas a experiência de ter feito parte de um time que construiu um carro do zero certamente sempre vai ter espaço na memória.

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