<P>O ano mal começou e a Codesp cobrou novas ações dos terminais do Porto de Santos para evitar a formação dos temidos gargalos viários no complexo, devido à iminente chegada da próxima safra. A solicitação foi feita pelo diretor de Infra-estrutura e Serviços da estatal, Arnaldo de Olivei...
A Tribuna – SPO ano mal começou e a Codesp cobrou novas ações dos terminais do Porto de Santos para evitar a formação dos temidos gargalos viários no complexo, devido à iminente chegada da próxima safra. A solicitação foi feita pelo diretor de Infra-estrutura e Serviços da estatal, Arnaldo de Oliveira Barreto, durante reunião do Comitê de Logística do ano, neste mês, na sede da Autoridade Portuária. Segundo o executivo, a estimativa é que haja um aumento no escoamento de commodities agrícolas e de contêineres de, em média, 10% nos próximos dois meses em relação ao mesmo período do ano passado. O mesmo índice de crescimento deverá ser sentido no volume de caminhões destinados ao cais santista. ''Os números são fantásticos. No último dia 3, a Ecovias registrou a passagem de 13 mil carretas destinadas ao porto'', afirmou o executivo. Normalmente, esse volume não passa de 5 mil unidades. ''Nós estamos muito preocupados com o movimento, principalmente do granel e de contêiner previstos para este ano. Precisamos atacar em várias frentes'', ponderou Barreto. Dentre as medidas da Autoridade Portuária para evitar congestionamentos no porto estão a adoção definitiva do chamado agendamento eletrônico, sistema pelo qual os terminais de contêineres programam com antecedência, antes de a carga sair da origem, a chegada do cofre ao porto. O objetivo é ter mais controle do universo de caminhões destinados ao pátio e, assim, evitar a formação de filas na porta do terminal. Até agora, segundo Barreto, apenas a Libra Terminais e o Tecondi já adotaram o sistema. ''Faltam a Santos-Brasil (Tecon) e a Rodrimar. Não tem data-limite. É a consciência de cada um. Mas com esses congestionamentos todo mundo perde dinheiro'', avaliou Barreto. Mas, segundo o próprio diretor, o agendamento eletrônico sozinho não basta. ''Os terminais precisam agilizar suas operações nos pátios'', admitiu o executivo.
Agendamento Já as instalações especializadas na movimentação de granel não utilizam o sistema de agendamento eletrônico. A solução dessas empresas foi a construção de estacionamentos fora do porto. Até aí, nenhuma novidade. Mas de acordo com o diretor, outras ações devem ser empreendidas. Durante a reunião do Comitê de Logística na Codesp, Barreto solicitou aos produtores agrícolas que só enviassem as cargas para os pátios reguladores tde forma cadenciada. ''O ideal é que a carga saia da origem também de forma cadenciada para os pátios. O dono da carga deve investir em silos (para armazenar o produto)'', avaliou o dirigente da Codesp, destacando novamente que a estatal pode apenas sugerir mas não tem poder de determinar a adoção desse tipo de iniciativa. Outra mudança, dessa vez de responsabilidade apenas da Autoridade Portuária, é o endurecimento da fiscalização da Guarda Portuária (Gport) nas vias do porto. A estatal já determinou que a Gport aplique multas aos terminais cujos caminhões estejam parados em locais inadequados da via, ignorando o regramento viário baixado em agosto passado. Até agora, a Docas estava trabalhando de forma orientativa, sem aplicação de multas. Mas passados seis meses de vigor das novas regras - pela qual cada terminal tem um número pré-determinado de vagas nas vias do cais -, a Autoridade Portuária avalia que houve tempo suficiente para adaptação ao modelo. ''A Guarda Portuária vai ser mais rigorosa neste ano, aplicando multas. E não será multa no motorista, não'', avisou, coforme previsto na resolução que instituiu o regramento.
Outra medida que a Codesp estuda é otimizar os espaços do porto. Durante a construção da Avenida Perimetral da Margem Direita (Santos), que deve ter início depois dos feriados do Carnaval, a Codesp pretende utilizar os espaços a serem abertos com as obras (na região de Outeirinhos, por exemplo, serão demolidos alguns armazéns) para a passagem dos caminhões, até a efetiva conclusão do empreendimento. ''Em alguns locais das obras da perimetral haverá um espaço que hoje não existe. Temos de fazer um cronograma inteligente para que esses espaços sirvam de pulmões'', avaliou o diretor de Infra-estrutura, Arnaldo Barreto.
Fonte: A Tribuna – SP
Fale Conosco
22