O município recebeu a primeira usina da empresa na década de 80. Agora é a vez de uma planta de biogás com investimento de R$ 216 milhões e capacidade de produção do biometano de até 60 mil m³ / dia durante a safra -- aumento de 140% em relação à planta de Narandiba
Redação TN Petróleo/AssessoriaA Cocal, do sucroenergético do oeste paulista, segue com seu DNA de melhora contínua e inicia nesse mês as obras de uma nova planta de biogás. O projeto, que estimula o desenvolvimento da economia regional, será uma versão atualizada e com ganho de eficiência em relação à planta localizada em Narandiba, a pioneira da empresa que iniciou suas atividades no início de 2022.
Com produção do biogás 100% voltada para o biometano, a Cocal segue na parceria com a empresa de tecnologia Geo Biogás & Tech. A ideia é apostar em sistemas avançados, foco nos equipamentos nacionais e utilização da vinhaça, torta de filtro e outras matérias-primas na produção do biogás, que poderão ser estocadas garantindo a produção do biometano durante todo o ano - no período da safra e entressafra. E no futuro, caminhar ao lado da inovação com geração de novos produtos tendo como base o gás renovável.
Toda distribuição do biometano da planta será feita via GNC (cilindros transportados por meio de carretas). Dessa forma, qualquer cliente industrial ou comercial, independente da região, que esteja interessado no gás renovável será atendido.
"No atual cenário do Brasil com transporte dutoviário ainda em desenvolvimento, a carreta exerce uma função de "ponte" que permite o escoamento da produção. Por exemplo: temos clientes em Londrina e Araçatuba -- regiões que não estão conectadas às nossas plantas, na malha de gasodutos", esclarece o diretor comercial e de novos produtos da Cocal, Andre Gustavo Silva.
O biometano produzido na planta também será destinado para consumo interno pela frota da Cocal durante a safra, com respectiva diminuição no consumo de diesel e representando o compromisso com a agenda ESG.
"Na última safra (22/23), deixamos de utilizar 300 mil litros de diesel com a substituição pelo biometano. Na atual safra, nossa expectativa é quadruplicar esse número com o equivalente acima de 1 milhão de litros de diesel. Vamos aumentar de 11 para 37 equipamentos rodando com o gás renovável como combustível. E quando a nova planta de biogás estiver pronta, teremos dado mais um importante passo em busca de nos tornarmos uma empresa zero carbono do agronegócio", completa o diretor.
O modelo de economia verde e circular já realizado em Narandiba também será promovido em Paraguaçu Paulista. Após a produção do biogás, as matérias utilizadas no processo voltam para a área de produção como biofertilizantes -- dando vida ao solo e representando um avanço na cultura da cana-de-açúcar brasileira. Os benefícios são tanto ambientais como financeiros, já que o preço do fertilizante químico, em escala global produzido pela Rússia, sofreu disparada do preço no último ano com o início da guerra.
A expectativa da empresa é que a segunda planta de biogás comece a operar em abril de 2025 e que novas empresas da região sejam parceiras do projeto. Assim como em Narandiba, a planta em Paraguaçu Paulista será certificada para a comercialização de créditos de carbono. Com as duas plantas em atividade, a Cocal fortalecerá sua garantia de suprimento se posicionando entre as principais produtoras de biometano do País e uma das usinas pioneiras na política carbono zero.
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