Energias renováveis

China 2016: renováveis crescem com 33,2 GW em energia solar, eólica em 17,3 GW e consumo de carvão tem queda

Redação/Assessoria
06/03/2017 14:59
China 2016: renováveis crescem com 33,2 GW em energia solar, eólica em 17,3 GW e consumo de carvão tem queda Imagem: Divulgação Visualizações: 664 (0) (0) (0) (0)

O governo chinês acaba de divulgar dados que confirmam que a transformação do setor elétrico avançou a passos largos no ano passado. De acordo com o Comunicado Estatístico de 2016 sobre Desenvolvimento Econômico e Social do Escritório Nacional de Estatísticas da China, o país alcançou no ano passado um recorde mundial em energia solar, com 33,2 gigawatts (GW) instalados – o dobro do recorde anterior, também chinês, de 15GW instalados em 2015. A energia solar no grid cresceu 34% ano sobre ano para 39TWh em 2016. Até 2020, a China planeja investir US$ 360 bilhões para ampliar a participação das renováveis na sua matriz energética, impulsionando novos empregos e o desenvolvimento tecnológico.

"A transformação no setor elétrico da China continua. A demanda por energia se dissociou da atividade econômica e, quando isso é combinado com o recorde de instalações de energia renovável, o resultado é que a China continua a se afastar do carvão mais rapidamente do que se esperava", analisa Tim Buckley, diretor de Estudos de Finanças Energéticas do Institute for Energy Economics and Financial Analysis (IEEFA). "O carvão é o maior perdedor no mercado de energia chinês. Pelo terceiro ano consecutivo, a produção e o consumo caíram, enquanto a taxa de utilização dos geradores a carvão baixou para 47,5%, o mais baixo de todos os tempos", completa.

Em energia eólica, a China instalou 17,3GW em 2016, abaixo do de 29GW alcançado em 2015. A geração eólica cresceu 19% para 211TWh. Em termos de geração de energia eólica offshore, a análise coloca o Shanghai Electric Wind Power Equipment (Sewind) da China como o maior desenvolvedor de 2016 globalmente, comissionando 489MW de nova capacidade. Quando solar e eólica são combinadas com 18GW por ano de novas capacidades em energia hidrelétrica e 5GW por ano de capacidade nuclear instalada em toda a China nos últimos quatro anos, a geração de eletricidade de emissão zero atendeu 70% do crescimento na demanda por eletricidade na China após 2013. O consumo total de energia em 2016 cresceu apenas 1,4%, contra 6,7% do PIB. A demanda de energia tem se desvinculado da atividade econômica.

A produção de carvão da China teve um recuo recorde de 9,0%, para 3,410 milhões de toneladas (Mt) em 2016. Isso reduziu a média de três anos para 4,9% ao ano; um declínio de 564Mt no total. Esta inversão dramática levou a Agência Internacional de Energia (AIE) a concluir, em novembro de 2016, que o consumo de carvão da China provavelmente atingiu seu pico em 2013.

O consumo de carvão da China em 2016 diminuiu 4,7% em relação ao ano anterior, apesar do crescimento de 3,6% na geração térmica. Com o crescimento no consumo de gás natural de 8% face ao ano anterior, estes dois números sugerem uma redução dramática na queima direta de carvão em usos residenciais e industriais de auto-uso.

Entre 2013 e 2016 a China adicionou um total de 200GW de geração de eletricidade a carvão que hoje estão parcialmente ociosos. A conseqüência foi um colapso para uma taxa recorde de 47,5% de utilização da capacidade de carvão para o setor de energia a carvão em 2016, abaixo de um pico de curto prazo de 79% da utilização da capacidade em 2011. A mudança da China de 330 dias por ano de mineração de carvão para 276 dias em maio de 2016, seguido de uma retração em outubro de 2016, causou estragos na importação de carvão, que ficaram em 255Mt em 2016, uma queda líquida de 72Mt em relação ao pico de 327Mt alcançado em 2013. O movimento para restringir a mineração de carvão a 276 dias e cortar a produção visa evitar um colapso financeiro semelhante ao das empresas norteamericanas de carvão, como a Peabody Energy, líder desse segmento, que pediu falência em em abril de 2016.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Premiação
Gasmar conquista prêmio nacional com projeto desenvolvid...
08/07/25
Pré-Sal
FPSO Guanabara MV31 lidera produção nacional de petróleo...
08/07/25
Gás Natural
Petrobras vai escoar mais gás do pré-sal para baixar pre...
07/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Petrobras aposta no Sergipe Oil & Gas e será a patrocina...
07/07/25
Indústria Naval
Estaleiros brasileiros e chineses assinam documento para...
07/07/25
Etanol
Anidro sobe 0,11% e hidratado recua 0,17% na semana
07/07/25
Porto de Santos
Ageo Terminais conclui captação de R$ 154 milhões em deb...
07/07/25
Logística
Durante o Macaé Energy, Líder Aviação destaca experiênci...
07/07/25
Gás Natural
SCGÁS divulga novos projetos aprovados por meio de leis ...
04/07/25
Rio Grande do Sul
Sulgás defende mobilização de deputados gaúchos para ass...
04/07/25
Biodiesel
ANP recebe doação de equipamentos para detectar teor de ...
04/07/25
Meio Ambiente
Biometano emite até 2,5 vezes menos CO₂ do que eletricid...
04/07/25
Fusões e Aquisições
Petróleo lidera fusões e aquisições globais; especialist...
04/07/25
Investimentos
Petrobras irá investir R$ 33 bilhões em projetos de refi...
04/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Petrobras aposta no Sergipe Oil & Gas e será a patrocina...
04/07/25
Pessoas
Julia Cruz é a nova secretária de Economia Verde, Descar...
03/07/25
Gás Natural
TBG lança produto de curto prazo flexível anual
03/07/25
Resultado
Grupo Potencial cresce 70% em vendas de Arla 32 e planej...
03/07/25
Petroquímica
Vibra entra no mercado de óleos básicos para atender dem...
03/07/25
Biocombustíveis
Brasil pode liderar descarbonização do transporte intern...
03/07/25
Energia Elétrica
PMEs: sete dicas para aderir ao mercado livre de energia
03/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22