Gazeta Mercantil
Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Equador, Rafael Correa, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), devem se reunir hoje na cidade equatoriana de Puyo para reavaliar a aliança de petróleo entre ambos os países em meio à drástica queda nos preços da commodity devido à crise mundial.
Este é o quarto encontro entre os dois presidentes em pouco menos de dois anos com o objetivo de dar andamento aos projetos de cooperação firmados entre as nações vizinhas, incluindo a construção de uma megarefinaria no Equador. “Ainda não foi definida uma agenda devido a mudanças de última hora”, afirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, sem comentar os rumores sobre a presença do presidente boliviano, Evo Morales.
Decisão da Opep
O encontro, que será realizado na cidade de Puyo, na Amazônia equatoriana, coincide com a decisão da Opep de cortar a produção de petróleo em 1,5 milhões de barris de petróleo por dia (b/d) a partir do mês de novembro. Correa e Chávez receberam bem a resposta da Opep frente à crise financeira, que levou à queda da cotação do petróleo, motor das mudanças no plano social que estão sendo levadas a cabo em seus respectivos países, com ênfase na assistência aos mais pobres.
“Sacrifício aceitável”
Correa defendeu que a redução de 2% na produção do Equador, menor produtor entre os membros da Opep, será “um sacrifício bastante aceitável se os preços subirem e se recuperarem”. Ao mesmo tempo que Chávez comemorou o acordo, também insistiu na sua proposta de criação de uma faixa de variação de preços com valor mínimo e máximo.
501 mil barris/dia
O Equador extrai cerca de 501 mil barris de petróleo por dia ao passo que a Venezuela, maior produtos sul-americano, extrai 3,3 milhões de barris por dia.
Refinaria no Pacífico
Quito e Caracas firmaram ambiciosos projetos energéticos que incluem a construção da maior refinaria do Pacífico e a exploração conjunta de um campo de gás natural nas províncias equatorianas de Manabí e Guayas, respectivamente.
Atualmente, Correa e Chávez devem assinar novos convênios para a construção de um gasoduto, a criação de uma escola agroecológica, uma fábrica de lâmpada econômicas e um trem elétrico transandino no Equador.
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