Estudo

Caribe e África estão na rota do etanol

Valor Econômico - MS
12/01/2009 03:54
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Dois anos após sua criação, a Comissão Internacional do Etanol (CIE) apresentou propostas para a produção de biocombustíveis fora das fronteiras dos EUA e do Brasil, respectivamente, os maiores produtores globais de etanol. Estudos feitos pela Fundação Getúlio Vargas, com apoio do governo, mostram que a produção de biocombustíveis nos países do Caribe e da África são perfeitamente viáveis.

 

El Salvador, República Dominicana, Saint Kitts e Nevis, Haiti, Angola e Moçambique são apontados como potenciais produtores de etanol à base de cana e de biodiesel à base, entre outros, de girassol e pinhão-manso, com clima e solo adequados. A República Dominicana tem o maior potencial entre os países apresentados, com projetos que podem chegar a US$ 400 milhões.

 

Segundo Cleber Lima Guarany, coordenador dos projetos da FGV, os estudos têm como objetivo reforçar o acordo bilateral de cooperação em biocombustíveis firmado, em março de 2007, entre o Brasil e os EUA. Poucos meses antes, em dezembro de 2006, a CIE, co-presidida pelo ex-ministro Roberto Rodrigues, e o ex-governador da Flórida, Jeb Bush, foi criada para fomentar a produção de etanol fora do eixo EUA-Brasil.

 

Na prática, contudo, há poucos investimentos do Brasil no exterior para a produção de etanol. Em Angola, a Odebrecht está fazendo os primeiros plantios de viveiros de cana para produzir etanol naquele país. No Caribe, grupos brasileiros, como Coimex e Crystalsev, possuem indústrias de desidratação de álcool, para exportação sem impostos aos EUA. Essas empresas não cultivam cana nesses países. A Infinity ganhou licitação de cinco usinas na Jamaica, mas não levou adiante os projetos.

 

As colaborações do Brasil nessa área estão concentradas em tecnologia. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), por exemplo, desenvolve variedades de cana adaptadas para Gana. Nesta mesma frente, o IAC (Instituto Agronômico de Campinas) negocia a exportação de material genético aos países africanos, como Angola e Moçambique. A empresa CanaViallis, controlada pela Monsanto desde o fim do ano passado, desenvolve, sob encomenda, variedades para diversos países.

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