<P>O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) irá solicitar que a Codesp apresente medidas para conter a invasão de famílias em áreas do Porto de Santos reservadas para movimentação de cargas. A decisão de cobrar da estatal ações para evitar a expansão da favelização no complexo foi tomad...
A Tribuna (Santos)O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) irá solicitar que a Codesp apresente medidas para conter a invasão de famílias em áreas do Porto de Santos reservadas para movimentação de cargas. A decisão de cobrar da estatal ações para evitar a expansão da favelização no complexo foi tomada ontem, durante reunião mensal ordinária do CAP.
De acordo com o presidente do colegiado, Celso Quintanilha, o processo é recorrente em alguns terrenos localizados na Margem Esquerda (Guarujá) do porto. Os terminais da Cargill e da Santos-Brasil, por exemplo, são vizinhos de favelas que se expandiram em direção às instalações.
Segundo Quintanilha, o objetivo é impedir que novos terrenos da União no porto sejam ocupados por moradias irregulares, pois o próprio Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos (PDZPS) prevê que tais espaços devam ser utilizados para movimentação de cargas.
‘‘A idéia é que o CAP conscientize a Codesp e a Prefeitura de Guarujá de que há uma necessidade de ter uma ação para congelar as invasões’’, explicou Quintanilha. Ele afirmou que a sugestão de tratar o tema das invasões no CAP foi dada pela recém-empossada diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), durante visita ao complexo santista, no mês passado.
O pedido será feito por meio de uma correspondência que o colegiado deverá enviar à estatal nos próximos dias. Da resposta da Codesp, explicou Quintanilha, deverá constar as ações de que a estatal pretende lançar mão para evitar novas ocupações. Por exemplo, se há planos para cercar os terrenos ou se irá destacar vigilância específica para os locais.
O problema ocorre exclusivamente na Margem Esquerda, afirmou Quintanilha. Mas recentemente, mendigos passaram a utilizar de forma esporádica os armazéns 1 e 2 do cais, localizados na Margem Direita (Santos), para dormirem. Após reportagem publicada em A Tribuna, a Autoridade Portuária destacou guardas portuários para vigiar o local. ‘‘Não tratamos disso, mas é lógico que se vamos ter uma ação desse nível na Margem Esquerda algo senelhante pode ser feito na Margem Direita’’, avaliou o presidente do CAP.
Dragagem - O presidente do CAP, Celso Quintanilha, e o coordenador do Comitê de Planejamento e Monitoramento da Dragagem no Porto do conselho, Sérgio Aquino, afirmaram que, um mês depois de instituído esse órgão, os operadores portuários verificaram ‘‘melhoras no serviço de dragagem’’ do cais.
Segundo Aquino, duas ações contribuíram para tal conclusão. A primeira foi a própria criação do Comitê, cujo procedimento é cobrar passo a passo as ações da Codesp sobre o serviço. A outra é que ‘‘a própria Codesp conseguiu evoluir na sua área de dragagem. Hoje, não há praticamente mais problemas nos berços de atracação’’. A próxima reunião do CAP ficou marcada para o dia 21 do mês que vem.
Fonte: A Tribuna (Santos)
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