Petroquímica

Braskem registra ebitda de R$ 3,1 bilhões

Desempenho no mercado externo garante resultado consistente no primeiro trimestre de 2016.

Assessoria/Redação
05/05/2016 15:21
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A Braskem manteve a consistência em seus resultados dos últimos trimestres e apresentou um EBITDA de R$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre de 2016, uma alta de 106% sobre igual período do ano anterior. Os principais fatores que impulsionaram esse desempenho foram o maior volume de exportação de resinas termoplásticas, o contínuo bom desempenho das operações nos Estados Unidos e Europa, os melhores spreads dos produtos petroquímicos básicos e de resinas no exterior, além da desvalorização média de 37% do real frente ao dólar no período. Em dólar, o EBITDA da companhia avançou 54% para US$ 780 milhões.

As unidades industriais dos Estados Unidos e Europa seguem operando acima de sua capacidade nominal. A forte demanda por polipropileno nos Estados Unidos tem impulsionado a taxa média de operação das plantas industriais para 100%. A produção totalizou 499 mil toneladas e as vendas somaram 500 mil toneladas, registrando altas de 8% e 9%, respectivamente, ante o primeiro trimestre de 2015. No período de janeiro a março de 2016, as unidades dos Estados Unidos e Europa apresentaram EBITDA de R$ 855 milhões, representando quase um terço do consolidado da Companhia.

No Brasil, as centrais de matérias-primas operaram a 89% de sua ocupação e se mantiveram em linha com o primeiro trimestre do ano passado. Na comparação com o último trimestre de 2015, a taxa média, porém, avançou 6 pontos percentuais, depois da normalização da operação do cracker de São Paulo e da melhoria operacional da central petroquímica de Triunfo (RS). As exportações de resinas totalizaram 436 mil toneladas, um aumento de 70% sobre igual trimestre de 2015, o que compensou a retração do mercado doméstico. No primeiro trimestre deste ano, as operações brasileiras, incluindo as exportações, apresentaram EBITDA de R$ 2,16 bilhões, alta de 61% em relação ao mesmo período do ano passado.

A demanda por resinas no mercado brasileiro alcançou 1,2 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2016. Esse resultado significou uma queda de 18% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, período que foi favorecido pela recomposição de estoques na cadeia de transformação. As vendas da Braskem no mercado doméstico totalizaram 782 mil toneladas e em linha com a queda do mercado brasileiro.

O lucro líquido da Braskem foi de R$ 747 milhões no primeiro trimestre de 2016. A receita líquida consolidada da Braskem alcançou R$ 12,2 bilhões, um crescimento de 19%, influenciado pelos melhores patamares dos preços de petroquímicos quando convertidos em reais. O nível de alavancagem financeira da Braskem, medido pela relação entre dívida líquida por EBITDA em dólar, voltou a cair e fechou o trimestre em 1,72x, o mais baixo patamar em dez anos.

PRODUÇÃO DE POLIETILENO NO MÉXICO

Em abril, o Complexo Petroquímico do México, operado pela Braskem Idesa, começou a produzir polietileno, marcando o avanço da Braskem em sua estratégia de internacionalização e diversificação de matéria-prima. Localizado no estado mexicano de Veracruz, o complexo petroquímico tem capacidade anual de produção de mais de 1 milhão de toneladas de polietileno, fabricado a partir do etano fornecido pela PEMEX.

“A Braskem tem conseguido manter uma estratégia consistente graças aos resultados obtidos com suas exportações e com suas operações no exterior”, diz Fernando Musa, presidente da Braskem. “Diante deste cenário, a Companhia se mantém firme no propósito de buscar maior competitividade em suas operações.”

 

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