Redação TN Petróleo/Assessoria Braskem
A petroquímica brasileira Braskem anunciou um aumento de 220.000 toneladas métricas (t)/ano na capacidade de sua planta petroquímica no Rio de Janeiro, visando etileno e polietileno, como parte da iniciativa de eficiência "switch to gas". A empresa aumentará o uso de etano doméstico da Petrobras e reduzirá o uso de nafta, menos competitiva devido aos custos mais altos. O CEO, Roberto Ramos (foto), informou a autorização de R$ 233 milhões ($40 milhões) para estudos de engenharia e um contrato de fornecimento de etano de longo prazo com a Petrobras, acelerando o investimento financiado pelos recursos do REIQ, regime especial de impostos que expira no final de 2026.
Ramos mencionou a expectativa de um prolongado ciclo de baixa no setor petroquímico, devido ao excedente de capacidades ao redor do mundo. O excedente forçou um aumento das importações de polímeros no Brasil, o que reduziu a participação da Braskem no mercado local de cerca de 60pc para pouco mais de 40pc nos últimos dois anos. Para mitigar esse cenário, a Braskem anunciou iniciativas estratégicas como racionalização de ativos, tarifas de importação mais altas e investigações antidumping contra polietileno dos EUA e Canadá, e estuda pedir investigações contra importações de polipropileno da China. No quarto trimestre de 2024, a Braskem reportou uma perda líquida de $2,2 bilhões, comparado a uma perda de $935 milhões em 2023. As vendas de resinas no mercado interno foram estáveis em 3,34 milhões de toneladas métricas (t) em 2024, enquanto a taxa média de utilização das plantas domésticas foi de 72pc, um ponto percentual acima de 2023.
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