COP27

Brasil pode se tornar importante player no mercado global de hidrogênio

Potencial de produção nacional de hidrogênio será destacado por representantes do MME na 27ª Conferência do Clima no Egito (COP 27).

Redação TN Petróleo/Assessoria MME
17/11/2022 11:20
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O Ministério de Minas e Energia (MME) vai reforçar as ações do governo federal para fomentar a produção de hidrogênio no Brasil durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 27), em Sharml el-Sheikh, no Egito. As iniciativas fazem parte do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) e serão apresentadas, nesta quinta-feira (17/11), pela diretora da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do MME, Marina Rossi (foto).

Serão destacadas ações para exploração do hidrogênio, com abordagens tecnológicas e modelos de negócios híbridos, oferecendo caminhos adicionais para comercialização de forma competitiva. “Nosso objetivo é eliminar gargalos para avanço dessa atividade extremamente promissora, com potencial de gerar emprego e renda pelo País e reforçar o papel de destaque do Brasil na promoção da transição energética mundial”, afirma Marina.

Segundo a representante do MME, o Brasil precisa estabelecer um mercado competitivo e um ambiente de negócios atraente, pautado por regras claras, previsíveis e seguras, se tornando um importante player no mercado global de hidrogênio de baixo carbono. “Nós temos um mercado interno com grande potencial e uma logística robusta para exportar o hidrogênio para os principais mercados internacionais. Ou seja, o hidrogênio pode e deve ser uma realidade no Brasil”, ressalta.

Atualmente, os principais projetos de hidrogênio em andamento estão no Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia. Já foram anunciadas iniciativas no Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Entre os projetos incluídos pelas plantas estão os híbridos de hidrogênio azul e verde, eólica, solar e geração de hidrogênio a partir de água do mar. Existem também memorandos de entendimento assinados entre agentes privados e governos estaduais. Esses projetos totalizam mais de US$ 20 bilhões.

Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2)

Com objetivo de fortalecer o mercado e a indústria do hidrogênio enquanto vetor energético no Brasil, vem sendo discutido, desde 2021, o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2). O PNH2 é formado por um Comitê Gestor – coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e integrado por diversos órgãos e entidades de governo – e cinco Câmaras Temáticas para discussão de questões específicas. A coordenadora do Comitê Gestor do Programa, Agnes da Costa, ressalta que a construção do iniciativa foi feita de forma colaborativa. "Os conceitos e estrutura propostos decorrem de um processo que envolveu participações de diversos stakeholders da cadeia de valor do hidrogênio, incluindo reuniões com empresas do setor, potenciais consumidores e investidores, consultores de energia, advogados, academia e organizações da sociedade civil”, afirma. 

Os trabalhos técnicos do PNH2 vêm sendo desenvolvidos por meio das câmaras temáticas. “Atualmente, estamos elaborando um plano de ação trienal, que deverá ser apresentado à consulta pública em dezembro, elencando as atividades a serem desenvolvidas e implementadas em um cronograma de três anos”, afirmou a coordenadora da Câmara de Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo do PNH2, Patricia Naccache. 

A coordenadora da Câmara de Planejamento Energético, Samira Fernandes, acredita que o programa é estratégico na questão climática. “O PNH2 possui um papel fundamental na concretização da visão brasileira de transição energética e neutralidade de carbono até 2050”, completa.

Clique para saber mais informações sobre o PNH2

MME na COP 27

Além da diretora da SPE, Marina Rossi, a secretária-adjunta da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG) do MME, Marisa Barros, também irá abordar na COP 27 as oportunidades do Brasil para a transição energética.

O governo brasileiro desenvolve importantes ações para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). O Brasil já vem sendo destacado no evento, por contar uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com 84% de fontes renováveis.

Com isso, o País tem tido relevância na transição energética mundial. A variedade de recursos naturais disponíveis no território brasileiro, além de garantir a segurança energética, é forte aliada no incentivo à diversificação das fontes de energia do País.

Saiba mais sobre a COP 27 no canal do Ministério do Meio Ambiente no YouTube.

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