Se mantido o consumo atual, a auto-suficiência seria alcançada em função do aumento da produção das refinarias e da entrada em operação de novas UPGNs.
O Brasil alcançará a auto-suficiência em gás liqüefeito de petróleo (GLP) a partir de 2006, segundo as estimativas do Ministério das Minas e Energia, divulgadas pelo diretor do departamento de Combustíveis e Derivados de Petróleo da secretaria de Petróleo e Gás, Claudio Akio Ishihara, nesta sexta-feira (21/10).
Segundo o executivo, a auto-suficiência no próximo ano seria alcançada em função do aumento da produção de GLP nas refinarias, em decorrência do processo de modernização, e do aumento do processamento do gás natural, com a entrada em operação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Manati (ES), prevista para o próximo ano.
O aumento de produção teria sustentabilidade na perspectiva governamental de que as reservas de gás natural brasileiras serão acrescidas de 373 bilhões de m³ de gás natural a partir de 2012, quando os campos dos blocos leiloados na Sétima Rodada estejam em operação. Essa estimativa pressupõe o aumento da produção em UPGNs, o que garante maior volume de GLP disponível no mercado.
Além disso, a refinaria de Pernambuco e a Unidade Petroquímica Integrada (UPI), do Rio de Janeiro, também produzirão GLP, ainda que a produção no Rio venha a ser residual. A UPGN de Mexilhão, atrelada ao início da produção do campo - previsto para 2008 -, também será mais uma oferta de GLP.
Pelas estatísticas do MME, as vendas de GLP nos últimos 12 meses, foi de 12,6 milhões de m³ por ano, enquanto a produção nas refinarias foi de 9,4 milhões de m³/ano. A importação de GLP, que corresponde a cerca de 4% do consumo, foi de 1,5 milhão de m³ por ano e ainda houve a produção das UPGNs, que corresponde a um valor próximo ao da importação.
O consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-estrutura, também apontou para o tendência de que o Brasil se aproxima da auto-suficiência em GLP e defendeu o eliminação das restrições legais ao uso do combustível.
As informações foram divulgadas durante o Seminário sobre "O Papel do GLP no cenário energético da Indústria", realizado com patrocínio do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás), na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
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