Energias renováveis

Biogás vai ajudar a garantir a segurança energética do Brasil nos próximos anos

Redação/Assessoria
19/10/2017 16:04
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No ultimo dia do IV Fórum do Biogás, executivos do Ministério de Minas e Energia (MME), da Empresa de Pesquisas Energética (EPE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) debateram diante de uma plateia de mais de 300 pessoas entre empresários, pesquisadores e especialistas do setor a inserção definitiva do biogás na matriz energética.

O ponto em comum entre todos foi que o biogás como fonte de energia limpa e renovável chegou a um nível de maturidade como nunca e por isso já é considerada na expansão do sistema e dentro do horizonte do governo. A evidência disso é a entrada do biogás no Plano Decenal de Expansão 2026 (PDE), que indica como deverá se comportar a expansão da matriz energética no Brasil nos próximos dez anos.

Na análise do Diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE, Amilcar Guerreiro, a expansão das fontes renováveis é uma das prioridades do PDE. Com menos expansão hidrelétrica, Guerreiro afirma que será preciso investir em tecnologias de armazenagem de energia para assegurar potência complementar e a flexibilidade de produção. "O biogás atende perfeitamente a essa demanda e tem a chance de firmar de vez na matriz".

Para o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, o biogás é uma das fontes que vai garantir a segurança energética do Brasil nos próximos anos pelas suas características e externalidades positivas com ganhos ambientais e econômicos.

"O biogás nunca esteve tão bem posicionado como agora com grandes vantagens frente as outras fontes como maleabilidade de despacho, opção de geração em sistemas isolados ou próximo da fonte de consumo, além de ser fonte renovável não intermitente", diz.

Hoje o biogás conta com apenas 127 megawatts (MW), segundo os dados mais recentes da Aneel, mas poderia ter aproximadamente 300 megawatt (MW) somente em geração distribuída. O representante da Agência, Helvio Guerra, destacou que o Brasil tem um enorme potencial de produção de biogás que poderia dar mais segurança energética.

"Temos um dos maiores rebanhos bovino do mundo e somos grandes geradores de lixo, ou seja, o Brasil tem uma enorme capacidade de geração de biogás, mas precisamos de planejamento energético que contemple todas as fontes e temos que avançar mais na regulação e em uma política industrial para viabilizar a cadeia do biogás".

Para se ter ideia, o Brasil poderia gerar 115 mil gigawatts-hora (GWh) de energia com o aproveitamento dos rejeitos urbanos, da pecuária e da agroindústria. Esse volume poderia abastecer 25% de toda energia elétrica consumida em 2016.

Para Alessandro Gardemann, presidente da ABiogás, o energético tem todas as condições de conseguir um espaço na matriz.

"Não queremos subsídios para o biogás, acreditamos que é uma fonte extremamente competitiva, o que precisamos é ter uma escala mínima. É necessário pensar em um leilão que contemple o biogás que crie condições para isso".

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