Energia

Aumento de impostos e extensão de Refis cobrirão socorro ao setor elétrico

Programa de refinanciamento cobrirá aporte de R$ 4 bi.

Agência Brasil
14/03/2014 09:55
Visualizações: 667

 

Aumentos de tributos e uma nova extensão de prazo para o Refis da Crise, programa de refinanciamento de dívidas de contribuintes com a União, cobrirão o aporte de R$ 4 bilhões do Tesouro Nacional ao setor elétrico. Segundo o secretário do Tesouro, Arno Augustin, a relação dos impostos e contribuições que subirão só será divulgada nas próximas semanas.
Em novembro e dezembro do ano passado, o governo reabriu o Refis da Crise, arrecadando R$ 21,8 bilhões que reforçaram o caixa do Tesouro no fim de 2013. Atualmente, o Congresso Nacional discute a possibilidade de abrir mais uma vez o programa em 2014.
Os R$ 8 bilhões restantes que serão aplicados no setor elétrico, esclareceu o secretário, virão de financiamentos de mercado obtidos pela Câmara de Comercialização da Energia Elétrica (CCEE), entidade privada responsável pela comercialização da energia no país. Augustin explicou que a CCEE irá a bancos públicos e privados para conseguir empréstimos com juros de mercado, mas os financiamentos não terão subsídios do Tesouro nem participação direta da União.
A obtenção desses R$ 8 bilhões pela CCEE, explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, resultará em aumento escalonado das tarifas para os consumidores a partir do ano que vem. O valor do aumento, no entanto, só será definido ao longo do tempo e será compensado parcialmente pela entrada, no sistema elétrico, de 5 mil megawatts médios de contratos de energia cujas concessões vencerão em 2015 e voltarão ao governo.
Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, essa energia que voltará para o governo atualmente é comercializada a R$ 100 o megawatt médio. Após a renovação da concessão, o preço cairá para R$ 30 o megawatt médio. “Essa energia barata vai ser usada para compensar os custos mais altos neste ano. Em vez de simplesmente baixar a tarifa, estamos usando essa energia para evitar uma alta desproporcional no ano que vem. Pode ser até que a tarifa caia no fim das contas”, declarou.
Na semana passada, o governo repassou R$ 1,2 bilhão para as concessionárias de distribuição de energia elétrica, para neutralizar as despesas das empresas. Os recursos são uma antecipação do orçamento de R$ 9 bilhões, previsto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Ontem (12), o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que o valor antecipado para as distribuidoras será pago pelos consumidores em até cinco anos.
As distribuidoras de energia têm tido gastos maiores nos últimos meses por causa do aumento do uso de energia de termelétricas, que é mais cara. As termelétricas são mais utilizadas quando há menos água nos reservatórios das hidrelétricas, como ocorre neste momento. Além disso, por causa do insucesso na contratação de energia no leilão realizado pelo governo no ano passado, as distribuidoras precisaram comprar energia no mercado de curto prazo, que custa mais em épocas de escassez de chuva, para abastecer os consumidores.
Representantes das distribuidoras de energia estiveram desde a manhã de hoje reunidos com integrantes do governo no Ministério de Minas e Energia. Parte das reuniões contou também com a presença de membros de órgãos do setor, como a Eletrobras, a CCEE e a Aneel.

Aumentos de tributos e uma nova extensão de prazo para o Refis da Crise, programa de refinanciamento de dívidas de contribuintes com a União, cobrirão o aporte de R$ 4 bilhões do Tesouro Nacional ao setor elétrico. Segundo o secretário do Tesouro, Arno Augustin, a relação dos impostos e contribuições que subirão só será divulgada nas próximas semanas.

Em novembro e dezembro do ano passado, o governo reabriu o Refis da Crise, arrecadando R$ 21,8 bilhões que reforçaram o caixa do Tesouro no fim de 2013. Atualmente, o Congresso Nacional discute a possibilidade de abrir mais uma vez o programa em 2014.

Os R$ 8 bilhões restantes que serão aplicados no setor elétrico, esclareceu o secretário, virão de financiamentos de mercado obtidos pela Câmara de Comercialização da Energia Elétrica (CCEE), entidade privada responsável pela comercialização da energia no país. Augustin explicou que a CCEE irá a bancos públicos e privados para conseguir empréstimos com juros de mercado, mas os financiamentos não terão subsídios do Tesouro nem participação direta da União.

A obtenção desses R$ 8 bilhões pela CCEE, explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, resultará em aumento escalonado das tarifas para os consumidores a partir do ano que vem. O valor do aumento, no entanto, só será definido ao longo do tempo e será compensado parcialmente pela entrada, no sistema elétrico, de 5 mil megawatts médios de contratos de energia cujas concessões vencerão em 2015 e voltarão ao governo.

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, essa energia que voltará para o governo atualmente é comercializada a R$ 100 o megawatt médio. Após a renovação da concessão, o preço cairá para R$ 30 o megawatt médio. “Essa energia barata vai ser usada para compensar os custos mais altos neste ano. Em vez de simplesmente baixar a tarifa, estamos usando essa energia para evitar uma alta desproporcional no ano que vem. Pode ser até que a tarifa caia no fim das contas”, declarou.

Na semana passada, o governo repassou R$ 1,2 bilhão para as concessionárias de distribuição de energia elétrica, para neutralizar as despesas das empresas. Os recursos são uma antecipação do orçamento de R$ 9 bilhões, previsto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Ontem (12), o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que o valor antecipado para as distribuidoras será pago pelos consumidores em até cinco anos.

As distribuidoras de energia têm tido gastos maiores nos últimos meses por causa do aumento do uso de energia de termelétricas, que é mais cara. As termelétricas são mais utilizadas quando há menos água nos reservatórios das hidrelétricas, como ocorre neste momento. Além disso, por causa do insucesso na contratação de energia no leilão realizado pelo governo no ano passado, as distribuidoras precisaram comprar energia no mercado de curto prazo, que custa mais em épocas de escassez de chuva, para abastecer os consumidores.

Representantes das distribuidoras de energia estiveram desde a manhã de hoje reunidos com integrantes do governo no Ministério de Minas e Energia. Parte das reuniões contou também com a presença de membros de órgãos do setor, como a Eletrobras, a CCEE e a Aneel.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bacia de Campos
Petróleo de excelente qualidade é descoberto na Bacia de...
18/11/25
Oferta Permanente
ANP aprova nova versão do edital com a inclusão de 275 b...
18/11/25
Reconhecimento
Copa Energia avança no Ranking 100 Open Startups e é rec...
18/11/25
Reciclagem
Coppe e Petrobras inauguram planta piloto de reciclagem...
18/11/25
Firjan
Rio de Janeiro tem superávit de US$ 8,7 bilhões na balan...
18/11/25
Petrobras
Região da RPBC irá receber R$ 29 milhões em projetos soc...
18/11/25
COP30
Setor de biocombustíveis lança Carta de Belém na COP30 e...
17/11/25
COP30
Caminhão 100% a biodiesel cruza o Brasil rumo à COP30 e ...
17/11/25
Gás Natural
Decisão da ANP sobre revisão tarifária de transporte vai...
17/11/25
COP30
Inovação com coco de piaçava em usina de biodiesel na Ba...
17/11/25
COP30
Alerta na COP30: sem eletrificação, indústria não cumpri...
17/11/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana valorizados
17/11/25
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
COP30
Encontro promovido pelas distribuidoras de energia elétr...
15/11/25
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
Apoio Offshore
Svitzer Copacabana chega para fortalecer operações de GN...
14/11/25
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
14/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.