Diário do Nordeste - CE
A ANP (Agência Nacional de Petróleo) informou que ainda não está pesquisando a área, mas que ela está incluída dentro do plano plurianual da agência. A assessoria de imprensa do órgão afirmou, entretanto, que não se pode precisar o prazo que a Bacia do Araripe será estudada, nem que tipo de pesquisa será realizada.
Ontem pela manhã, o senador Inácio Arruda esteve reunido, em seu gabinete em Brasília, com o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, e o diretor da empresa, Allan Kardec. O encontro, segundo a assessoria de imprensa do senador, teve como objetivo sensibilizar a diretoria da ANP para a necessidade de estudos mais profundos na região do Cariri cearense.
“O petróleo do Cariri interessa para o Ceará, principalmente porque vamos ter uma refinaria. Então, se tivermos petróleo, melhor ainda”, defendeu Inácio para os diretores da ANP. “Se for encontrado petróleo na região sul do Estado, como alguns estudos vêm demonstrando, o Ceará vai ganhar com os royalties, o que significa mais recursos para os municípios”, acrescentou.
Ao senador, o diretor-geral da ANP prometeu ontem incluir na programação plurianual de estudos da agência reguladora um levantamento da região, abrangendo a Chapada do Araripe, como a própria ANP já havia informado, na última sexta-feira, ao Diário do Nordeste. Da reunião, participaram além a diretoria da Agência Nacional de Petróleo, o prefeito do Crato, Samuel Araripe.
Exploração no Ceará
Atualmente, seis campos produzem petróleo no território cearense, nas bacias do Ceará e Potiguar. Na primeira, a produção é feita no município de Paracuru, e é feita em plataformas marítimas. São quatro poços e nove plataformas no mar. Nesta bacia, está prevista a perfuração de três poços em águas profundas, sendo um neste ano de 2009 e os outros no ano que vem. Já na bacia Potiguar, localizada, em sua maior parte, no Estado do Rio Grande do Norte, mas que também abrange terras cearenses, a produção para cá é realizada em Aracati e Icapuí, com cerca de 500 poços terrestres. Na porção cearense desta bacia, estão previstas também atividades em águas profundas, contemplando estudos geológicos e geofísicos, que culminarão na perfuração de dois poços exploratórios até o ano de 2012.
O processo de licenciamento ambiental para a perfuração nos poços da Bacia do Ceará está tramitando no Ibama (Instituto Brasileiro de Proteção ao Meio Ambiente). Já para a Bacia Potiguar, estão em andamento os estudos geológicos e geofísicos que darão suporte ao posicionamento dos poços a serem perfurados.
A produção, em janeiro deste ano, foi de 9,7 mil barris/dia de petróleo e 184 mil metros cúbicos de gás natural. A atividade de exploração e de produção no Ceará começaram em 1967, com aquisições sísmicas. O primeiro campo foi descoberto em 1997, o Xaréu, com início de produção em 1981.
Depois vieram os campos de Curimã, Espada e Atum, que abrigam nove plataformas localizadas em águas rasas, com lâmina d´água entre 35 e 50 metros.
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