AFP, 13/09/2019
A Arábia Saudita, país mais influente dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), pediu nesta quinta-feira para seus sócios petroleiros respeitarem as reduções de produção acordadas no ano passado para estabilizar o mercado e sustentar o preço do barril, debilitado em um contexto de incerteza.
O reino respeitou seus compromissos de redução da produção, adotados em dezembro de 2018 por membros da Opep e outros países que não integram o cartel, mas algumas nações são acusadas de não fazê-lo, como Nigéria e Iraque.
"Cada país tem que respeitar seis compromissos", declarou o novo ministro da Energia saudita, o príncipe Abdelaziz bin Salman, em uma reunião do cartel petroleiro em Abu Dhabi.
"O reino (saudita) vai continuar reduzindo sua produção mais do que o acordo (entre os produtores) previa. Esta produção será de 9,89 milhões de barris diários em outubro", declarou o príncipe ao fim da reunião do comitê ministerial conjunto de acompanhamento, que reúne os países-membros e não membros da Opep, chamado Opep .
Este comitê, encarregado de vigiar o respeito ao acordo, não toma decisões, mas deve fazer recomendação na reunião ministerial da Opep , prevista para dezembro em Viena.
O príncipe Abdelaziz afirmou que é preciso restabelecer a estabilidade do mercado devido à queda do preço do petróleo, que às vezes fica abaixo de 60 dólares o barril.
Incerteza
Um total de 24 países da Opep e de fora, inclusive a Rússia, tinham acordado no ano passado reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia (mbd) a partir de janeiro de 2019 para apoiar os preços.
A medida foi prorrogada por nove meses, até março, mas por ora não conseguiu fazer o preço do barril subir a mais de 70 dólares.
O ministro da Energia russo, Alexander Novak, declarou que os produtores da Opep e de fora do cartel conseguiram "se adaptar e reagir às condições flutuáveis do mercado".
Ele também destacou que os produtores estavam decididos a alcançar a estabilidade no mercado petroleiro.
Ele está sendo afetado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que poderiam frear a demanda de petróleo.
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