Durante coletiva de imprensa apresentada hoje (10), o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, apresentou uma retrospectiva de 10 anos da estatal. Na segunda-feira (13), o executivo deixará a presidência, que será assumida pela atual diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Silva Foster.
Gabrielli falou do crescimento da Petrobras na última década, destacando a evolução dos recursos no Brasil. “O mais importante para uma companhia de petróleo é sua capacidade de recursos para crescer e a Petrobras passou de 11 bilhões de barris em 2002 para 29,2 bilhões em 2011, que significam perspectivas de futuro extraordinárias”, destacou.
A produção de petróleo e gás da Petrobras cresceu a uma taxa de 4,2% ao ano, aumentando a produção em 33%, de 1,55 milhão de barris por dia para mais de 2 milhões em 2011.
Outro indicador de crescimento apresentado foi o aumento da quantidade de sondas de perfuração, que passou de duas em 2002 para 19 em 2011. A previsão da é chegar a 2014 com 37 sondas. “Conseguimos estruturar para a companhia a disponibilização das sondas necessárias para viabilizar o crescimento da produção que vem a partir do pré-sal brasileiro. Estamos concluindo esse período com a solução dos grandes problemas e prontos para entrar numa nova fase e continuar crescendo”, afirmou Gabrielli.
Na área de refino, estão sendo implantandas cinco novas refinarias, que produzirão 1,46 milhão de derivados de alta qualidade. Em relação à petroquímica, comentou: “Transformamos a petroquímica brasileira e retornamos ao setor, melhorando a integração entre refino e petroquímica, que é a tendência mundial da indústria de petróleo”.
Na área de Gás e Energia, falou da consolidação da rede nacional de gasodutos, que chegou a 2011 com 9,7 mil km; da capacidade da oferta, que alcançou 85 m³/dia ano passado; da expansão das plantas de fertilizantes, dando mais flexibilidade ao mercado de gás. Também destacou a criação da subsidiária Petrobras Biocombustível, voltada para a produção de biodiesel e etanol. A Petrobras se tornou a maior produtora nacional de biodiesel e a terceira de etanol - até 2014 será a principal produtora no Brasil.
Gabrielli comentou o crescimento de 360% do investimento em pesquisa e desenvolvimento, saindo de R$ 726,6 milhões para 3,3 bilhões entre 2000 e 2011. “Duplicamos o Cenpes (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento) e mais que duplicamos a capacidade de laboratório nas universidades brasileiras”, destacou. A força de trabalho do Sistema Petrobras subiu de 46 mil, em 2002, para mais de 81 mil em 2011.
Por fim, Gabrielli mostrou o crescimento dos investimentos da companhia na última década, que passou de R$ 18,8 bilhões para R$ 72,5 bilhões. O lucro líquido subiu de R$ 8,1 bilhões para R$ 33,3 bilhões; o Ebitida, de R$ 18,3 bilhões para R$ 62,2 bilhões; e o número de acionistas de 176 mil para 674 mil. “Somos a primeira empresa brasileira a obter grau de investimento neste período e melhoramos o nosso rating ao longo deste tempo na avaliação das empresas de riscos”, concluiu.