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ALL lidera crédito do BNDES em transportes com R$ 1,7 bi

Em quatro operações, a companhia contratou R$ 1,7 bilhão do banco estatal em 2013, levando-se em conta apenas operações firmadas durante o primeiro semestre. O montante, que soma o contratado por quatro subsidiárias, é o maior para grupos es

Valor Econômico
07/10/2013 17:36
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Após um hiato de três anos, o grupo de concessões de ferrovias América Latina Logística (ALL) voltou a tomar grandes empréstimos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em quatro operações, a companhia contratou R$ 1,7 bilhão do banco estatal em 2013, levando-se em conta apenas operações firmadas durante o primeiro semestre. O montante, que soma o contratado por quatro subsidiárias, é o maior para grupos especializados em transportes. Além disso, fica na segunda posição do ranking geral até agora, atrás da Eletrobras - que contratou R$ 2,5 bilhões.

Os investimentos da ALL serão feitos, de acordo com o relatório do BNDES, de 2013 a 2015. Mas não é explícito o destino dos investimentos. Em entrevista recente ao 'Valor', o presidente da ALL, Alexandre Santoro, disse que a prioridade da companhia atualmente é, além de avaliar a entrada no setor portuário, fazer investimentos na ferrovia que resultem em aumento de capacidade.

Entre os planos, está a conclusão da expansão da malha que chega em Santos, no litoral de São Paulo. Esse investimento é importante para resolver pendências da ALL com clientes e está previsto para ser concluído até o fim de 2014. Até lá, a companhia continua pagando multas previstas nos contratos.

Segundo relatório do BNDES, os investimentos de 2013 a 2015 da ALL são destinados a "modernização e reestruturação ferroviária da companhia no triênio 2013-2015, com a finalidade de redução de custos e aumento da capacidade de transporte". Procurada, a assessoria de imprensa da ALL complementou as informações dizendo que o dinheiro está sendo destinado a reforma de locomotivas e vagões, troca de trilhos e dormentes, investimento em novas tecnologias, entre outros.

Os contratos com o BNDES são uma retomada, já que nos anos de 2010, 2011 e 2012, a ALL não firmou operações diretas e indiretas não automáticas (quando é necessária a apresentação de consulta prévia), onde estão em geral os grandes volumes. O último ano em que houve grandes contratos de empréstimo entre ALL e BNDES foi em 2009. A companhia recebeu R$ 3,1 bilhões do banco na época para investimentos no período de 2009 a 2012.

O montante contratado agora sugere uma média de investimentos de R$ 570 milhões anualmente até 2015, levando-se em conta somente o dinheiro do empréstimo. Caso o crédito corresponda a 70% dos investimentos, uma relação padrão no setor de infraestrutura, os investimentos totais da companhia envolvendo esses contratos chegariam a uma média de R$ 814 milhões anuais de 2013 a 2015. O valor está em linha com os últimos anos. Desde 2009, a ALL investiu de R$ 715 milhões a R$ 876 milhões anualmente, principalmente em expansão e manutenção. As informações estão nos balanços anuais da companhia.

Os investimentos da ALL, feitos em maioria com dívida, são vistos com atenção pelo mercado, pois comprometem a geração de fluxo de caixa livre. Segundo avaliação da agência de classificação de risco Fitch, a alavancagem da ALL continua alta. No período de 12 meses encerrado em junho de 2013, a agência calculou alavancagem - medida pelo índice dívida líquida ajustada sobre Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, com eliminação do leasing) - de 4,8 vezes.

Mas a Fitch vê potencial de redução, dependendo do caixa da companhia, que tem perspectiva de aumentar nos próximos dois anos. Essa mudança pode ser impulsionada pelo aumento de volume oriundo do Mato Grosso, onde a ALL, após atrasos, finalmente inaugurou um complexo industrial e expandiu 260 quilômetros de ferrovia até Rondonópolis.
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