Redação / Assessoria
Para atender aos crescentes fluxos logísticos na cabotagem e no Mercosul, a Aliança Navegação e Logística passará a escalar, a partir de abril, o porto de Vila do Conde, no Pará. A reformulação do serviço segue o planejamento estratégico para a expansão da cabotagem na Região Norte.
Conforme explica o gerente geral de cabotagem da Aliança, Gustavo Costa, o Pará passa por uma expansão do consumo e considerando que as cadeias logísticas atuais são totalmente dependentes do modal rodoviário, existe um grande potencial para o transporte costeiro.
“A inserção do modal cabotagem nestas cadeias logísticas só é possível com um serviço semanal e em dias fixos, que também permite a expansão do comércio exterior, com transbordo nos portos de Suape e Santos, conectando o Pará a todos os continentes”, afirma.
O porto de Vila do Conde está incluído no serviço denominado Anel 1, que conta com 4 navios com capacidade para 3.800 contêineres cada e 2 navios de 4.800 contêineres, considerados os maiores em operação na cabotagem brasileira. Essa é a rota da Aliança que oferece a maior capilaridade de atendimento, desde Rio Grande até Manaus. “Assim, poderemos atender o mercado paraense, além de conectar com os serviços do Mercosul e também para as Américas, Europa, Ásia e Oriente Médio na exportação e importação”, explica.
Entre as principais cargas transportadas em Vila do Conde, a participação maior será dos segmentos de alimentação, bebidas, higiene e limpeza, materiais de construção e siderúrgicos. “Temos o interesse de desenvolver parcerias estratégicas com empresas locais atuantes nos setores de transporte rodoviário e fluvial para participarem do crescimento da cabotagem no Pará. A meta é atingir uma movimentação anual de 20 a 25 mil TEUs já em 2016”, ressalta Costa.
Infraestrutura Logística
De acordo com o executivo, a Região Norte ainda é carente de infraestrutura para as operações de contêineres. Em Vila do Conde, a Aliança vai operar com a Santos Brasil, que já é parceira estratégica nos portos de Imbituba e Santos. “Acreditamos que junto com a Santos Brasil, a Companhia Docas do Pará, a Praticagem e Capitania dos Portos, teremos um plano de ação e investimentos para que as condições operacionais sejam melhoradas em curto prazo”, comenta.
O Estado do Pará possui ainda importantes portos como Belém e Santarém. A escolha de Vila do Conde foi feita compatibilizando o perfil da frota de navios da Aliança com as condições operacionais portuárias.
“Consideramos atender também o Estado do Amapá com o transporte fluvial de balsas a partir de Vila do Conde e que o complexo portuário aumentará sua importância na logística regional com a implementação dos serviços da Aliança. Pretendemos ser um vetor de desenvolvimento econômico regional”, finaliza.
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