Pré-Sal

Aleluia apresenta parecer favorável a fim de exclusividade da Petrobras

Relatório foi apresentado na comissão especial que analisa projeto que muda regras de exploração do petróleo na camada do pré-sal.

Câmara Notícias/Redação
15/06/2016 17:25
Aleluia apresenta parecer favorável a fim de exclusividade da Petrobras Imagem: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Visualizações: 1038

O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) apresentou, nesta quarta-feira (15), relatório favorável ao Projeto de Lei 4567/16, que retira a obrigatoriedade de atuação da Petrobras como operadora única de todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produção. O texto está sendo discutido em uma comissão especial presidida pelo deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES).

O relatório seria lido hoje, mas não houve quórum até o início da Ordem do Dia do Plenário, quando todas as comissões encerram as reuniões deliberativas. Com isso, Coimbra marcou um novo encontro para a próxima terça-feira (21).

O projeto é de autoria do senador licenciado, e atual ministro das Relações Exteriores, José Serra, e já foi aprovado no Senado. Para Aleluia, o PL 4567 não propõe abandonar o regime de partilha de produção, apenas a exclusividade da estatal como operadora, que é substituída pela preferência na exploração dos blocos.

Preferência

Atualmente, a Lei 12.351/10, que instituiu o regime de partilha na camada pré-sal, exige a Petrobras como participante obrigatória e operadora com 30% de qualquer consórcio. O operador é o responsável pela condução de todas as atividades econômicas e tecnológicas relacionadas à exploração e à produção de petróleo. É ele, por exemplo, quem contrata as operações necessárias às atividades exploratórias, ficando com o controle dos custos do negócio.

O projeto relatado por Aleluia muda essa configuração. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) oferecerá à Petrobras, considerando o interesse nacional, a preferência para ser a operadora dos blocos a serem contratados pelo regime de partilha de produção. Se a estatal aceitar, terá participação mínima de 30% no consórcio vencedor da licitação. Se dispensar, o bloco terá outro operador. Neste caso, a companhia pode entrar como sócia minoritária no empreendimento.

Aleluia rejeitou o argumento de que a mudança significará a entrega de reservas estratégicas para multinacionais. “Na eventualidade de desistência da Petrobras, terá o direito de explorar uma área no pré-sal a empresa ou consórcio de empresas que apresentar a melhor proposta na licitação. Também no regime de concessão se procede assim, desde 1999, ano em que ocorreu a primeira licitação de blocos exploratórios no Brasil”, afirmou no relatório.

Além disso, segundo ele, o operador, independente de quem seja, terá que cumprir as cláusulas de conteúdo local mínimo, como determina a Lei 12.351. As cláusulas tratam da parcela de bens e serviços utilizados na atividade exploratória que devem ser produzidos dentro do País.

Sem capacidade

Aleluia disse ainda que no atual cenário a Petrobras não tem capacidade financeira para atuar como operadora exclusiva, o que a obriga a participar de todos os blocos do pré-sal. Após registrar prejuízo líquido de R$ 34,8 bilhões em 2015 e ver sua dívida bruta atingir R$ 450 bilhões no primeiro trimestre do ano, a estatal anunciou este ano uma redução de 24,5% nos investimentos previstos para o período 2015-2019.

“Não resta dúvida, portanto, que ela não pode arcar sozinha com todos os investimentos requeridos para o tempestivo aproveitamento do pré-sal”, disse Aleluia.

Por fim, o deputado afirmou que a legislação atual desestimula a participação de outras empresas na exploração da camada pré-sal. “Estou convencido de que a iniciativa privada pode dar importante contribuição para o desenvolvimento pleno dos recursos de petróleo e gás natural de propriedade da União”, afirmou o relator.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Premiação
Infotec Brasil é premiada na edição histórica do Ranking...
21/11/25
BRANDED CONTENT
Aquamar Offshore se consolida como fornecedora estratégi...
21/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
PetroSupply Meeting impulsionará negócios no Mossoró Oil...
21/11/25
Resultado
Produção de petróleo da União foi de 174 mil barris por ...
21/11/25
Financiamento
Unicamp inaugura supercomputador de IA financiado pela S...
19/11/25
Combustíveis
Ineep: preços dos combustíveis resistem e não acompanham...
19/11/25
Energia Elétrica
Firjan solicita vetos a artigos do PLV 10/2025, que refo...
19/11/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP amplia prazo para atendiment...
18/11/25
Bacia de Campos
Petróleo de excelente qualidade é descoberto na Bacia de...
18/11/25
Oferta Permanente
ANP aprova nova versão do edital com a inclusão de 275 b...
18/11/25
Reconhecimento
Copa Energia avança no Ranking 100 Open Startups e é rec...
18/11/25
Reciclagem
Coppe e Petrobras inauguram planta piloto de reciclagem...
18/11/25
Firjan
Rio de Janeiro tem superávit de US$ 8,7 bilhões na balan...
18/11/25
Petrobras
Região da RPBC irá receber R$ 29 milhões em projetos soc...
18/11/25
COP30
Setor de biocombustíveis lança Carta de Belém na COP30 e...
17/11/25
COP30
Caminhão 100% a biodiesel cruza o Brasil rumo à COP30 e ...
17/11/25
Gás Natural
Decisão da ANP sobre revisão tarifária de transporte vai...
17/11/25
COP30
Inovação com coco de piaçava em usina de biodiesel na Ba...
17/11/25
COP30
Alerta na COP30: sem eletrificação, indústria não cumpri...
17/11/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana valorizados
17/11/25
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.