<P>A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) está elaborando um plano nacional de políticas para o comércio exterior do País. O material será entregue ao futuro presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT) ou Geraldo Alckmin (PSDB), no próximo mês, junto com o pedido ...
A Tribuna (Santos)A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) está elaborando um plano nacional de políticas para o comércio exterior do País. O material será entregue ao futuro presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT) ou Geraldo Alckmin (PSDB), no próximo mês, junto com o pedido para a criação do Ministério da Logística.
O plano foi anunciado pelo diretor-presidente da Associação de Desenvolvimento da Multimodalidade (ADM), integrante da AEB, José Carlos da Silva Caridade, no I Ponto de Encontro de Empresas e Profissionais de Logística. O evento foi organizado pela Associação Brasileira de Movimentação de Logística (ABML), no Parque Balneário Hotel, em Santos, no mês passado.
Segundo Caridade, a expectativa é que o projeto esteja pronto até 30 novembro, para ser apresentado oficialmente durante o 26º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro.
‘‘Queremos um plano integrado, com metas e objetivos definidos, com necessidades do comércio exterior, para levar ao presidente da República que será eleito nas próximas eleições. Nós queremos que ele assuma o compromisso de aproveitar as propostas que o nosso setor vai elaborar’’, destacou Caridade.
Perguntado se haveria necessidade de existir tal estudo, uma vez que o Ministério dos Transportes já elabora o Plano Nacional de Logística, a ser concluído em dezembro, Caridade afirmou: ‘‘Não dá para ter uma política de Logística do Ministério dos Transportes porque hoje ele tem um viés muito rodoviarista. Só se fala em construir rodovias, em tapar buracos. Tem que haver um planejamento para a multimodalidade, para o comércio exterior e para as vendas internas’’, sugeriu.
Para combater a prioridade ao ‘‘rodoviarismo’’, voltado a apenas um elo da cadeia logística, o executivo informou que o estudo irá focar na criação da pasta federal da Logística. E que a expectativa é que o ministério seja comandado por um técnico.
Sobre a possibilidade de indicações políticas para este cargo, o membro da AEB criticou tal opção. ‘‘Nós preferimos que este apoio político ocorra com a escolha por funcionários de carreira, que conhecem bem o sistema. Se for inevitável ter políticos no ministério, que estejam apoiando o ministro’’.
Na hipótese do próximo presidente não aceitar o pedido da categoria, Caridade afirmou que o setor reclamará ao menos a criação de uma secretaria diretamente ligada à Presidência da República. ‘‘Fica uma coisa menor perante outros temas, mas já seria alguma coisa. O ideal para nós é um ministério, mas se não for possível, que seja uma secretaria para promover uma integração muito maior entre as partes envolvidas com o transporte’’.
Terceirização
O seminário no qual Caridade revelou o desenvolvimento de um plano de comércio exterior nacional, teve ainda a apresentação da experiência das empresas Mesquita e Dow Brasil na terceirização do sistema logístico.
Segundo o diretor de Logística e Projetos da Mesquita, Ângelo Gilberto Dias, a empresa desenvolveu um planejamento da cadeia logística para a Dow Brasil durante cinco meses e o está executando há quase dois anos. A prestação desse serviço envolve procedimentos desde despachos aduaneiros até distribuição das cargas, explicou.
Dias revelou que a terceirização rendeu à contratante uma redução de 80% na incidência de demourrage (a taxa cobrada pela permanência adicional de contêineres em um terminal portuário). ‘‘Outro ponto positivo foi a satisfação de 83%, entre bom, muito bom e excelente, da própria Dow’’, complementou.
O I Ponto de Encontro de Empresas e Profissionais de Logística também contou com uma palestra do diretor comercial e de Desenvolvimento da Codesp, Fabrizio Pierdomenico, sobre os números de movimentação do Porto de Santos e os projetos do complexo para atender a demanda de comércio exterior, como os da expansão do cais.
Fonte: A Tribuna (Santos)
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