MME
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou hoje (11/12), no discurso de encerramento do Encontro Anual da Indústria Química, em São Paulo, que o esperado acordo de longo prazo entre a Petrobrás e as indústrias do setor para fornecimento de nafta, usado como matéria prima pelas indústrias, será firmado no dia 15 de dezembro, como comprometido anteriormente. O encontro é promovido pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
“Eu espero, e tenho convicção, de que a Petrobras não deixará de cumprir e honrar o compromisso com a Presidência da República, com o MME, e com a sociedade brasileira, de que no dia 15 de dezembro assinaremos esse contrato de forma definitiva e de longo prazo, com preços que sejam competitivos para nossa indústria”.
Segundo o ministro, a previsibilidade que será proporcionada pelo acordo permitirá a volta de investimentos no setor, que tem R$ 8 bilhões represados por falta de clareza sobre o futuro da matéria prima. Braga considera que a base da negociação será de um preço de 100% da Referência do Mercado Europeu (ARA) e de 102% para o produto importado vendido pela estatal.
“Portanto, eu creio que, sendo estabelecidas e cumpridas essas metas, e alavancando esses compromissos, eu mais uma vez digo o que disse quando cheguei ao Ministério: eu sou um otimista, um otimista porque creio que um país que tem os recursos naturais que o Brasil tem; que tem a capacidade de um povo trabalhador que o Brasil tem; que tem uma classe empresarial empreendedora que o Brasil tem, não pode e nem deve temer o futuro”.
Antes, o ministro fez um balanço do primeiro ano de sua gestão e das soluções encontradas para problemas que ameaçavam a estabilidade do setor elétrico. Segundo ele, no início do ano, a cada pergunta sobre qualquer assunto, vinha uma em seguida questionando quando seria iniciado o racionamento de energia. Ele explicou que hoje há energia de sobra, e as ações do governo são para reduzir custos e diversificar fontes de geração, de modo a garantir que, até 2018, o país tenha um sistema elétrico mais robusto e com custos declinantes, competitivos internacionalmente. O leilão de hoje (A-1), que assegurou contratos de quase 2 mil MW médios de energia existente que estava direcionada a outros usos, auxiliará nesse esforço de redução de preços, pois permitirá a substituição de usinas térmicas mais caras por usinas mais baratas.
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