Comunicação

A importância da ética nas novas tecnologias de comunicação e redes sociais

Redação TN/assessoria Mackenzie
06/02/2025 14:11
A importância da ética nas novas tecnologias de comunicação e redes sociais Imagem: Pexels Visualizações: 409 (0) (0) (0) (0)

As novas tecnologias de comunicação têm se vinculado fortemente com as redes sociais em nosso dia a dia, por isso, a conversa sobre a ética no uso dessas ferramentas se torna cada dia mais importante. O rápido desenvolvimento dessas tecnologias causa preocupações importantes em relação à responsabilidade, à privacidade e à precisão das informações que são divulgadas.

A ética nas novas tecnologias de comunicação e redes sociais é uma necessidade precisa para garantir um ambiente digital saudável e confiável. Com o crescimento exponencial de plataformas como Facebook, X, Instagram e TikTok, surge a necessidade urgente de diretrizes e práticas éticas robustas que orientem tanto os usuários quanto as empresas.

Responsabilidade e transparência

Uma das principais preocupações sobre a ética nas novas tecnologias de comunicação, é a responsabilidade dos criadores de conteúdo e das plataformas sobre como as informações serão divulgadas. Um dos motivos é o crescimento de fake news e desinformação que prejudica a confiança do público e pode ter impactos negativos profundos na sociedade.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, 8 em cada 10 brasileiros acreditam em fake news. Mesmo assim, 62% confiam na própria capacidade de diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo.

Mariana Munis de Farias é professora de Marketing da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas (UPM), e acredita que existem três pontos importantes em que os profissionais da área precisam se atentar antes de propagar uma informação. “Não agir pela emoção e ser o mais racional possível, olhar para a situação com distintos pontos de vista e checar a informação por meio de uma fonte confiável, como agências de monitoramento de fake news”.

Privacidade e segurança

Outro ponto importante é a proteção da privacidade dos usuários. As tecnologias modernas têm a capacidade de coletar e analisar grandes volumes de dados, o que levanta preocupações sobre a forma como essas informações são armazenadas e utilizadas. A proteção desses dados é fundamental para manter a confiança dos usuários e cumprir com as regulamentações de privacidade, como o GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) na União Europeia e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) no Brasil.

O coordenador do Laboratório de Segurança Cibernética (CYBERSEC LAB) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Cardoso Silva, aponta que a era digital trouxe à tona questões complexas relacionadas à privacidade, segurança e responsabilidade. “Algumas medidas práticas que podem ser adotadas pelas organizações é ter uma estratégia de segurança cibernética eficaz e comprometida com os resultados. E no caso das pessoas, é importante ter cuidados com golpes e saber proteger os seus dispositivos digitais e informações pessoais que são divulgadas na Internet”.

Impactos sociais e psicológicos

O uso de tecnologias de comunicação também tem implicações significativas na saúde mental e no bem-estar dos usuários. Estudos têm mostrado que o uso excessivo de redes sociais pode contribuir para problemas como ansiedade e depressão. Organizações e especialistas em saúde recomendam a promoção de práticas digitais saudáveis e a conscientização sobre os efeitos negativos potenciais do uso desmedido dessas plataformas.

“Há uma possibilidade de desenvolver ansiedade, entre outros problemas, porque a pessoa fica o tempo todo preocupada com o que está acontecendo na internet. Existe até um termo para isso ‘o medo de ficar de fora’, então essas pessoas passam muito tempo tentando se informar na internet sobre a vida dos outros, até mesmo para saber se elas estão perdendo algo na própria vida. E isso acaba realmente sendo viciante”, explica o professor de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, Marcelo Santos.

O nosso país é o que mais se mantém conectado. No ano de 2022, o relatório “Digital in 2022: Brazil” da Hootsuite e We Are Social, informou que os brasileiros passaram em média mais de 10h por dia na internet, sendo 3 horas e 41 minutos nas redes sociais.

Por conta disso, hoje uma boa parcela da nossa população passa por problemas psicológicos. De acordo com a pesquisa Vigitel 2021, um dos maiores levantamentos sobre saúde do país, 11,3% dos brasileiros relataram ter recebido um diagnóstico médico de depressão.

A recomendação de Marcelo é primeiramente a conscientização do fato e em seguida a busca por ajuda. “Essa ajuda pode iniciar com familiares e depois com profissionais da saúde, como psicólogos ou psiquiatras. A Psicologia Cognitiva Comportamental fala sobre a preocupação de olhar para esse contexto e mudar a linha de pensar sobre esse contexto, priorizar as relações sociais reais, estabelecer um tempo para estar conectado à Internet e diminuir o número de redes sociais”.

 

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie 

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) foi eleita como a melhor instituição de educação privada do Estado de São Paulo em 2023, de acordo com o Ranking Universitário Folha 2023 (RUF). Segundo o ranking QS Latin America & The Caribbean Ranking, o Guia da Faculdade Quero Educação e Estadão, é também reconhecida entre as melhores instituições de ensino da América do Sul. Com mais de 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pela UPM contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

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