Reuters, 15/07/2022
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que espera uma deflação no próximo mês, fruto da queda no preço dos combustíveis depois da mudança na cobrança do ICMS, imposto estadual, aprovada pelo Congresso.
Em entrevista a jornalistas no Maranhão, Bolsonaro afirmou que o preço dos combustíveis caiu entre 11% a 12% na maior parte dos Estados.
"Há um alívio, a gente espera até uma deflação no próximo mês. Caiu 11%, 12% (o preço do combustível), vai cair a inflação no Brasil, espero que isso aconteça. Ajuda obviamente no preço de quase tudo, mas, por incrível que pareça, o que mais pressiona a inflação é a gasolina, não o diesel", disse.
"Então a gente espera que isso (mudança no ICMS) venha a acontecer, não só no Brasil mas em todos os Estados, e a diminuição da inflação se faça presente."
O projeto, que limita a alíquota do ICMS aplicado a bens e serviços considerados essenciais, entre eles combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, foi aprovado na metade de junho e já está sendo aplicado na maior parte dos Estados.
No Distrito Federal, por exemplo, a alíquota era de 27%, e em São Paulo, de 25%. Governadores reclamam que terão de suspender investimentos, especialmente nas áreas de educação e saúde.
Bolsonaro voltou a se defender das críticas por ter trocado três vezes o presidente da Petrobras em tentativas de reduzir o valor dos combustíveis, e afirmou que está na hora da estatal também fazer sua cota de sacrifício.
"Pessoal vem falar ´ah trocou quatro presidentes da Petrobras´. Troco 5, 10, não tem problema. O presidente tem que entender que tem Petrobras em tempo de paz e em tempo de guerra", afirmou, repetindo que não vai interferir na empresa, mas espera que a estatal diminua sua margem de lucro.
"Queremos lucro sim, mas as demais petrolíferas diminuíram o valor do seu produto. Os governadores entraram com uma cota de sacrifício, o governo federal, está faltando agora a Petrobras diminuir", disse.
Bolsonaro comentou ainda que o preço do petróleo no mercado internacional vem caindo e é o momento da Petrobras diminuir também o custo dos seus derivados.
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