Internacional

Biocombustíveis/EUA: EPA eleva exigência de mistura para 2023, mas reduz metas de 2024 e 2025

Dow Jones Newswires, 22/06/2023
22/06/2023 10:42
Visualizações: 1071

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) publicou nesta quarta-feira a versão final do chamado Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) para 2023, 2024 e 2025. O RFS estabelece os volumes de biocombustíveis que devem ser misturados a combustíveis fósseis a cada ano. Para 2023, a agência aumentou o volume de etanol de milho e outros biocombustíveis, dos 20,82 bilhões de galões (78,80 bilhões de litros) que tinham sido estabelecidos no fim do ano passado para 20,94 bilhões de galões (79,26 bilhões de litros).

Para 2024, o volume foi fixado em 21,54 bilhões de galões (81,53 bilhões de litros), abaixo do volume de 21,87 bilhões de galões (82,78 bilhões de litros) proposto em dezembro do ano passado. Para 2025, a exigência é de 22,33 bilhões de galões (84,52 bilhões de litros), menor do que os 22,68 bilhões de galões (85,84 bilhões de litros) propostos em dezembro. Para 2023, há ainda um volume suplementar de 250 milhões de galões (946,25 milhões de litros) para compensar as isenções concedidas a pequenas refinarias, referentes a 2016.

O administrador da EPA, Michael S. Regan, disse que a decisão reflete os esforços da agência "para garantir a estabilidade do programa nos próximos anos, proteger os consumidores dos altos custos de combustível, fortalecer a economia rural, apoiar a produção doméstica de combustíveis mais limpos e ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa".

No entanto, a Associação de Combustíveis Renováveis dos EUA (RFA, na sigla em inglês) afirmou, em comunicado, que as propostas anunciadas hoje "marcam um infeliz retrocesso". "A regra final limita os combustíveis renováveis convencionais a 15 bilhões de galões e perde uma oportunidade valiosa de acelerar a transição do setor de energia para combustíveis de baixo e zero carbono", disse o presidente da RFA, Geoff Coope.

A associação de representantes do setor de biocombustíveis Clean Fuels Alliance America considerou os objetivos da EPA "muito modestos" diante da necessidade de mudança climática. "A indústria respondeu aos sinais do governo Biden e do Congresso com o objetivo de descarbonizar rapidamente os mercados de combustível dos EUA, particularmente aviação, marinha e transporte pesado, e disponibilizar combustíveis limpos para mais consumidores", disse o vice-presidente da Clean Fuels Alliance, Kurt Kovarik. "Os volumes divulgados pela EPA hoje não são altos o suficiente para apoiar essas metas", completou.

O volume de combustíveis renováveis convencionais como etanol de milho foi reduzido para 15 bilhões de galões (56,8 bilhões de litros) tanto para 2023 quanto para 2024 e 2025. Anteriormente a agência previa 15 bilhões de galões em 2023, mas 15,25 bilhões de galões em 2024 e em 2025 (57,72 bilhões de litros).

O volume de biodiesel foi estabelecido em 2,82 bilhões de galões (10,67 bilhões de litros) em 2023, 3,04 bilhões de galões (11,51 bilhões de litros) em 2024 e 3,35 bilhões de galões (12,68 bilhões de litros) em 2025. Em dezembro do ano passado, a EPA propôs mistura de 2,82 bilhões de galões (10,67 bilhões de litros) de biodiesel em 2023, 2,89 bilhões de galões (10,94 bilhões de litros) em 2024 e 2,95 bilhões de galões (11,17 bilhões de litros) em 2025.

Na última semana, analistas do Bank of America afirmaram que a produção de biodiesel em janeiro e fevereiro nos Estados Unidos já foi 20% maior na comparação com as médias mensais de 2022. O banco observou que a produção já excedia as metas de mistura propostas pela EPA em dezembro de 2022 e que o desequilíbrio aumentaria, caso as tendências de demanda pela agência ficassem intactas.

A exigência para biocombustíveis avançados, como biocombustíveis celulósicos e etanol de cana-de-açúcar, é de 5,94 bilhões de galões (22,48 bilhões de litros) em 2023, 6,59 bilhões de galões (24,94 bilhões de litros) em 2024 e 7,33 bilhões de galões (27,74 bilhões de litros) em 2025.

O programa RFS foi criado em 2005 com o objetivo de diminuir as emissões de carbono e reduzir a dependência norte-americana do petróleo estrangeiro, num momento em que os preços do combustível fóssil começavam a subir. No entanto, a exigência não tem funcionado como se pretendia, e os níveis de produção de combustíveis renováveis, principalmente etanol de milho, costumam ficar abaixo dos volumes estabelecidos por lei.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Gás Natural
Sergipe lidera debate nacional sobre redes estruturantes...
21/07/25
Fenasucro
Brasil ocupa posição de destaque mundial na cogeração re...
21/07/25
Resultado
Revap alcança recordes históricos no 1º semestre com die...
21/07/25
Combustíveis
Etanol registra nova queda, segundo Cepea/Esalq
21/07/25
RenovaBio
Primeira lista de distribuidores de combustíveis inadimp...
19/07/25
Energia Solar
Transpetro inaugura usina solar para abastecer o Termina...
17/07/25
Internacional
IBP participa do World Oil Outlook da OPEP com análise s...
17/07/25
BRANDED CONTENT
20 Anos de Merax – Histórias que Norteiam o Futuro
16/07/25
Fenasucro
Bioenergia ganha força no debate global sobre energia li...
16/07/25
Gás Natural
Gasmig: 39 anos de energia, inovação e compromisso com M...
16/07/25
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
15/07/25
Evento
IBP debate direitos humanos na cadeia de suprimentos de ...
15/07/25
Sustentabilidade
PRIO avança em sustentabilidade e reforça governança cor...
15/07/25
PPSA
Produção de petróleo da União sobe 13,2% e alcança 128 m...
15/07/25
Bacia de Campos
Equinor recebe do Ibama Licença de Instalação do Gasodut...
15/07/25
Firjan
Para tratar sobre o "tarifaço", Firjan participa de reun...
15/07/25
Tecnologia e Inovação
Equinor lança terceira edição de programa de inovação ab...
14/07/25
Fenasucro
Brasil ocupa posição de destaque mundial na cogeração re...
14/07/25
Pré-Sal
FPSO P-78 deixa Singapura rumo ao campo de Búzios
14/07/25
RenovaBio
Lista de sanções a distribuidores de combustíveis inadim...
14/07/25
Gás Natural
Competitividade econômica e sustentabilidade para o Para...
14/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.