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Web 3.0: Desafio para a internet aberta, por Guilherme Barreiro

Web 3.0: relação Criatura e Criador. O poder do conteúdo em suas mãos.

Redação TN/Assessoria
25/08/2022 10:54
Web 3.0: Desafio para a internet aberta, por Guilherme Barreiro Imagem: Divulgação Visualizações: 1180 (0) (0) (0) (0)

Você já deve ter ouvido falar em metaverso, criptomoedas e NFTs. Tudo isso faz parte do que chamamos de Web 3.0, a terceira geração da WWW (World Wide Web). As versões anteriores, baseadas em servidores centralizados, tinham websites e aplicações construídas com base em linguagem HTML. Já a Web 3.0 é descentralizada e o criador de seu conteúdo é seu real proprietário, ou seja: você. Além disso, as tecnologias envolvidas na Web 3.0 são diferentes: Blockchain, ML (Machine Learning) e AI (Artificial Intelligence).

Moedas Digitais descentralizadas, sem uma entidade reguladora, como as “crypto currencies”, são um exemplo já existente de ativos da Web 3.0. Assim como os NFTs (non-fungible token, ou token não fungível, em tradução livre), em que o criador de um conteúdo pode usá-lo para gerar exclusividade, autoridade e ainda monetizá-lo, sem precisar de um intermediador.

Entretanto, a regulação e a confiabilidade são desafios importantes que devem se pautar pela ética também de como estão sendo construídos. Com o advento do blockchain, a Web 3.0 já vem sendo bastante difundida e os governos dos países já estão adotando soluções descentralizadas baseando-se nestas tecnologias. 

O próprio sistema financeiro do Brasil tem sido reconstruído sob uma arquitetura de referência com estas tecnologias. Como qualquer novidade, o começo demanda investimento em pessoas especializadas, além  de pesquisa e desenvolvimento. Porém, quem está começando agora pode ter vantagem lá na frente e, quem sabe, recuperar esse investimento muito rapidamente.

O poder descentralizado da Web 3.0 

Um dos principais benefícios da Web 3.0 é que qualquer empresa e/ou pessoa poderá usá-la. Além disso, o poder descentralizado dá ao seu criador a real autoridade sobre aquilo que ele gera, mudando a relação de gestão e criação de conteúdos e dados.

A Web 3.0 vem sendo construída com as tecnologias mais recentes, o que faz com que seu uso tenha o que há de mais moderno e seguro. Todavia e, como é hoje também, a segurança é uma questão de ética e construção e as novas arquiteturas devem ser pensadas sob essa ótica desde seu início.

Trabalhar com novas tecnologias de forma descentralizada pode trazer complexidades. Por isso, para ter uma governança boa desde o começo, é importante desenvolver uma arquitetura de referência que seja eficiente e de fácil manutenção.

Da mesma forma que na governança, a segurança deve ser pensada desde o início. Seja a segurança de dados ou a da infraestrutura tecnológica que está por trás de toda a implementação. Usar parceiros especialistas que te apoiem é a chave do sucesso. Na Web 3.0 (como hoje mesmo em dia) ninguém faz tudo sozinho.

O impacto tende a ser cada vez maior. A publicidade na internet, como é hoje, vai mudar. O poder do conteúdo muda de mãos, saindo dos grandes portais para quem realmente o cria. Essa mudança é significativa e vai gerar novos modelos de negócios.

E o 5G vai ajudar muito nisso. Hoje, uma arquitetura descentralizada gera grandes desafios de conectividade e interoperabilidade e, com o advento do 5G, espera-se que isso seja facilitado, permitindo gerar arquiteturas distribuídas ao redor do globo sem impacto direto na experiência.

A Web 2.0 não acaba, mas sim, evolui para a Web 3.0. Os mecanismos atuais continuam e vão coexistir com os novos, como sempre foi. Mas quem não evoluir pode ficar para trás. As pessoas estão se preparando. Todos estamos aprendendo com essa evolução e teremos que continuar estudando e se desafiando muito para dar esse passo. 

Sobre o autor: Guilherme Barreiro é Diretor Geral na Nextios. Com mais de 20 anos de experiência no mercado de TI, vem atuando com Cloud Computing,

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