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Private Equity: turbinando o setor de óleo e gás

PE surge como uma opção para impulsionar esse mercado.

Redação TN
18/03/2013 15:08
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Desde o anúncio da descoberta do pré-sal, a cadeia dos fornecedores - formada por milhares de empresas que prestam serviços ou constroem equipamentos para a exploração de petróleo – movimenta-se em busca de investimentos para se manter firme no mercado. Muitas delas têm a expertise para atuar no setor, mas não apresentam condições financeiras de seguir adiante e enfrentar a concorrência acirrada. É sabido que para conquistar um lugar de destaque nessa indústria é preciso levantar capital para fazer os investimentos necessários, que alcançam cifras milionárias. 
Em um mercado que está a pleno vapor e com desafios e oportunidades de negócios surgindo a todo instante, os fundos de Private Equity (PE) surgem como uma opção para impulsionar o setor de óleo e gás no Brasil. Trata-se de uma atividade financeira realizada por instituições que investem em empresas não listadas em bolsa de valores, com o intuito de alavancar o seu desenvolvimento e aumentar o seu capital. É uma excelente parceria para um segmento que está ganhando musculatura e se capacitando no sentido de se tornar mais competitivo. Ao mesmo tempo em que ajudam no desenvolvimento, com suporte financeiro e técnico, os fundos de private equity agregam valor à companhia, fornecendo conhecimento de negócios, boas práticas de governança, profissionalização da gestão e uma cultura voltada ao planejamento.
O mercado de PE no País vem ganhando mais evidência a cada dia e ampliando sua participação em projetos de infraestrutura, especialmente no mercado constituído pelos fornecedores do setor petrolífero. A boa notícia é que os novos fundos estão ávidos para investir e dar fôlego a essas empresas de capital nacional, que precisam de investimentos para atender à tão esperada demanda do pré-sal e que estão de olho numa parcela do grande volume de encomendas que o setor demandará. A atuação dos investidores financeiros, inclusive estrangeiros, como financiadores vem crescendo fortemente e eles surgem para suprir parte dessa demanda por recursos. 
Nesse contexto, a estratégia adotada por parte dos gestores de fundos é levantar recursos com grandes investidores para adquirir o controle das empresas ou participações minoritárias - mas com direito à presença nas reuniões e nas decisões mais importantes. Do lado dos investidores, esse movimento representa uma oportunidade única de ganhar muito dinheiro a longo prazo, já que o período de retorno do investimento é de normalmente de cinco até sete anos. Nos últimos meses, fundos como o Vinci Partners, BTG Pactual e Gávea levantaram bilhões de dólares para investir no País. Recentemente, a First Reserve Corporation, firma de private equity, anunciou que seu fundo First Reserve Fund XII estabeleceu com a Barra Energia um acordo de participação. 
A participação dos PE vem sendo impulsionada, principalmente, pela liquidez do mercado financeiro e de capitais e também por investimentos feitos por fundos de pensão e pelo BNDESPAR. Estima-se que esse último aplique, até 2014, cerca de dois bilhões de reais em fundos de private equity e venture capital.  Para atender à demanda da cadeia de suprimentos, ele criou um departamento que cuida especificamente das empresas de óleo e gás. A Caixa Econômica Federal associou-se ao Banco Modal para o lançamento de um fundo desse exclusivo para o setor. Logo depois, o Banco do Brasil começou a fazer uma seleção de gestores com o intuito de criar negócios semelhantes. Para participar da carteira de PE, as empresas precisam passar por uma avaliação, na qual devem provar que atendem a vários requisitos. 
               Em meio à euforia do mercado, a saída para essas empresas é buscar o tipo de financiamento que se adapte melhor à necessidade do projeto previsto. Só assim conseguirá chegar ao objetivo final, que é se tornar uma companhia rentável, de capital aberto e realmente competitiva.
*Paulo Guilherme Coimbra e Marco André Almeida são sócios da KPMG no Brasil.

Desde o anúncio da descoberta do pré-sal, a cadeia dos fornecedores - formada por milhares de empresas que prestam serviços ou constroem equipamentos para a exploração de petróleo – movimenta-se em busca de investimentos para se manter firme no mercado. Muitas delas têm a expertise para atuar no setor, mas não apresentam condições financeiras de seguir adiante e enfrentar a concorrência acirrada. É sabido que para conquistar um lugar de destaque nessa indústria é preciso levantar capital para fazer os investimentos necessários, que alcançam cifras milionárias. 


Em um mercado que está a pleno vapor e com desafios e oportunidades de negócios surgindo a todo instante, os fundos de Private Equity (PE) surgem como uma opção para impulsionar o setor de óleo e gás no Brasil. Trata-se de uma atividade financeira realizada por instituições que investem em empresas não listadas em bolsa de valores, com o intuito de alavancar o seu desenvolvimento e aumentar o seu capital. É uma excelente parceria para um segmento que está ganhando musculatura e se capacitando no sentido de se tornar mais competitivo. Ao mesmo tempo em que ajudam no desenvolvimento, com suporte financeiro e técnico, os fundos de private equity agregam valor à companhia, fornecendo conhecimento de negócios, boas práticas de governança, profissionalização da gestão e uma cultura voltada ao planejamento.


O mercado de PE no País vem ganhando mais evidência a cada dia e ampliando sua participação em projetos de infraestrutura, especialmente no mercado constituído pelos fornecedores do setor petrolífero. A boa notícia é que os novos fundos estão ávidos para investir e dar fôlego a essas empresas de capital nacional, que precisam de investimentos para atender à tão esperada demanda do pré-sal e que estão de olho numa parcela do grande volume de encomendas que o setor demandará. A atuação dos investidores financeiros, inclusive estrangeiros, como financiadores vem crescendo fortemente e eles surgem para suprir parte dessa demanda por recursos. 


Nesse contexto, a estratégia adotada por parte dos gestores de fundos é levantar recursos com grandes investidores para adquirir o controle das empresas ou participações minoritárias - mas com direito à presença nas reuniões e nas decisões mais importantes. Do lado dos investidores, esse movimento representa uma oportunidade única de ganhar muito dinheiro a longo prazo, já que o período de retorno do investimento é de normalmente de cinco até sete anos. Nos últimos meses, fundos como o Vinci Partners, BTG Pactual e Gávea levantaram bilhões de dólares para investir no País. Recentemente, a First Reserve Corporation, firma de private equity, anunciou que seu fundo First Reserve Fund XII estabeleceu com a Barra Energia um acordo de participação. 


A participação dos PE vem sendo impulsionada, principalmente, pela liquidez do mercado financeiro e de capitais e também por investimentos feitos por fundos de pensão e pelo BNDESPAR. Estima-se que esse último aplique, até 2014, cerca de dois bilhões de reais em fundos de private equity e venture capital.  Para atender à demanda da cadeia de suprimentos, ele criou um departamento que cuida especificamente das empresas de óleo e gás. A Caixa Econômica Federal associou-se ao Banco Modal para o lançamento de um fundo desse exclusivo para o setor. Logo depois, o Banco do Brasil começou a fazer uma seleção de gestores com o intuito de criar negócios semelhantes. Para participar da carteira de PE, as empresas precisam passar por uma avaliação, na qual devem provar que atendem a vários requisitos. 


Em meio à euforia do mercado, a saída para essas empresas é buscar o tipo de financiamento que se adapte melhor à necessidade do projeto previsto. Só assim conseguirá chegar ao objetivo final, que é se tornar uma companhia rentável, de capital aberto e realmente competitiva.


*Paulo Guilherme Coimbra e Marco André Almeida são sócios da KPMG no Brasil.

 

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