Veja como funciona o PLD e como esse indicador impacta o mercado de energia no Brasil.
Redação TN Petróleo/Assessoria VolteraVocê já se perguntou por que o preço da energia varia tanto, mesmo quando o seu consumo continua o mesmo? A resposta pode estar em uma variável do setor elétrico brasileiro, que é pouco conhecida pelos consumidores.
O Preço de Liquidação das Diferenças, conhecido como PLD, é um dos pilares do do mercado livre de energia.
O PLD representa quanto custa gerar energia em cada hora do dia, em cada região do país. Pense no PLD como o "preço de mercado" da energia, parecido com o valor da gasolina, que muda conforme a oferta e demanda. Só que, no caso da energia, essa variação acontece hora a hora, e é influenciada por diversos fatores.
Esse preço é calculado todos os dias pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e está associado ao custo de geração da energia. Para isso, a CCEE se baseia em outra variável, o Custo Marginal de Operação (CMO), definido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
"O ONS, responsável pela operação segura e estável do sistema elétrico, precisa tomar decisões que nem sempre são as mais econômicas, como por exemplo, acionar usinas térmicas mais caras para garantir o abastecimento. Já a CCEE foca na questão econômica, e é justamente essa distinção que torna o PLD uma espécie de "termômetro" do custo ideal da energia. Embora os dois indicadores estejam interligados, eles seguem lógicas diferentes", Explica, Alan.
O que poucos sabem, é que por trás desse número, existe uma equação um tanto complexa, que considera uma série de variáveis naturais, técnicas e operacionais.
O cálculo considera o nível dos reservatórios, a capacidade instalada das usinas, o custo dos combustíveis, a geração proveniente de fontes renováveis como eólicas e solares, e também o volume total de energia consumido em todo o país.
Esses dados alimentam modelos matemáticos, que simulam diversos cenários de operação do sistema elétrico, em horizontes que vão de anos a apenas uma semana. A proposta é sempre identificar, entre todos os recursos, qual a combinação de usinas que pode atender à demanda da forma mais econômica possível. Os modelos indicam quais usinas devem operar, em que quantidade e em qual momento. A partir desses dados é definido o CMO, que por sua vez dá origem ao PLD.
Sobre o autor: Alan Henn é CEO da Voltera
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