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Petrobras salva Ibovespa e dólar cai em meio a ruídos nos Estados Unidos, por Luiz Felipe Bazzo

Redação TN Petróleo/Assessoria
12/05/2023 17:10
Petrobras salva Ibovespa e dólar cai em meio a ruídos nos Estados Unidos, por Luiz Felipe Bazzo Imagem: Divulgação Visualizações: 1409 (0) (0) (0) (0)

Brasil - A desaceleração do IPCA deixou a taxa Selic em 13,75% com os dias contados. A expectativa se reflete também no alívio do dólar, que está cada vez mais perto dos R$ 4,90, e dos juros futuros. Com o resultado, o IPCA desacelerou a alta acumulada de 12 meses. É o menor nível desde outubro de 2020. A variação era de 4,65% no acumulado até março de 2023.

Chama a atenção a aceleração da inflação de "alimentação no domicílio", confirmando a tese de aceleração da inflação dos produtos ‘in natura’, mais do que compensando a deflação de carnes. O resultado de hoje pode reduzir o movimento de queda da expectativa de inflação para 2023.

No Ibovespa, quem rouba a cena é a Petrobras. A estatal petrolífera salvou o pregão dessa semana, ao anunciar dividendos bilionários e reportando o segundo maior lucro da história para um primeiro trimestre. 

Sobre o arcabouço fiscal, os investidores trabalham com a possibilidade de o Congresso tornar a regra fiscal mais rígida, incluindo punições e travas automáticas de gastos caso as metas fiscais não sejam atingidas. Ainda que apenas a forma de aferição das metas seja alterada, a depender de como é conduzida essa comunicação, no entanto, pode haver confusão, e o mercado reagiria negativamente. Em resumo, a expectativa de que o projeto do arcabouço fiscal saia do Congresso Nacional mais restritivo do que entrou voltou a dar força ao rali no mercado de juros.

Por outro lado, os mesmos motivos que animam os investidores aqui, assustam os mercados lá fora. Isso porque a inflação mais fraca nos Estados Unidos não afasta o temor de uma recessão, em meio à crise dos bancos regionais e ao impasse do teto da dívida.

 

Câmbio - O dólar fechou em queda na semana.

Nos Estados Unidos, ainda existem algumas questões em aberto, a exemplo da dificuldade de concessão de crédito pelos bancos regionais, da desaceleração desigual da atividade até aqui e do impasse sobre o teto da dívida. 

Tudo isso deixa dúvidas sobre quando o Federal Reserve vai poder cortar juros e indica que o período de espera pode ser maior. Se houver um arrefecimento mais forte da economia, pode ocorrer uma realização no mercado de ações, mas a reversão no ciclo de aperto tende a ocorrer mais rapidamente.

As atenções estão voltadas principalmente às discussões sobre a possibilidade de elevar o teto da dívida no país.

O valor máximo que o país pode emitir de dívida atualmente não pode ultrapassar os US$ 31,4 trilhões. Esse é o limite de emissão de títulos utilizados pelo governo para honrar todas as suas obrigações financeiras, inclusive as despesas ordinárias, como salários de servidores públicos.

O presidente Joe Biden quer elevar o teto da dívida para que o país possa arcar com suas despesas, mas há um impasse entre os partidos Democrata e Republicanos para negociar a questão. Isso vem preocupando os investidores nos últimos dias.

Porém, as notícias de que os EUA estão progredindo em um acordo trouxeram um alívio aos mercados, que operam com um tom mais positivo neste pregão.

Sobre o autor: Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores corretoras de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.

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