Redação TN Petróleo/Assessoria
O que valorizamos nos negócios muda ao longo do tempo. E nos últimos 50 anos, algumas das maiores e mais rápidas empresas do mundo se concentraram na tecnologia da informação – hardware de computador, software, internet e, cada vez mais, os dados contidos nesses ambientes. Hoje, os dados são a principal obsessão de qualquer empresa que busca escalabilidade global e status de unicórnio. Se as empresas querem transformar seu negócio e levá-lo a outro nível, os dados provavelmente estarão em algum lugar no centro de sua estratégia.
Com base nessa linha, identifico cinco cenários-chave e desafios para plataformas de dados resilientes e suas possíveis soluções:
O segredo para otimizar os resultados da transformação digital está no planejamento. No entanto, com a explosão de dispositivos e o “Shadow IT”, poucas empresas realmente têm uma imagem completa e precisa de exatamente quais dados têm e onde estão. É interessante começar com serviços padronizados de avaliação e implementação de "exploração de dados" baseados em Inteligência Artificial (IA) para descobrir onde estão suas cargas de trabalho, o que está fazendo e o que os impede de se tornarem um mecanismo de Transformação Digital (DX) inovador. Aqui não se trata de soluções, mas de otimizar toda a infraestrutura – seja no local ou na nuvem – de acordo com o objetivo do negócio.
Hoje em dia é cada vez mais improvável que qualquer ambiente de TI seja 100% local ou nuvem. Muitas organizações estão remigrando dados para evitar os custos excessivos que experimentaram na nuvem. De acordo com a empresa de análise IDC, 71% das organizações planejam mover algumas ou todas as cargas de trabalho de volta da cloud. É interesse avaliar alguns tipos de infraestrutura para obter benefícios de nuvem híbrida. A virtualização de servidores tradicional – flexível o suficiente para otimização, mas complexa – requer conhecimento interno significativo. Os sistemas convergentes combinam componentes padrão do setor otimizados para cargas de trabalho virtuais. Já os sistemas hiperconvergentes são economicamente atraentes com rápido tempo de retorno - perfeito para explorar data centers definidos por software.
Se o híbrido veio para ficar, isso implica uma necessidade de armazenamento local. O RAID (Redundant Array of Inexpensive Disks) tradicional oferece os mais altos níveis de desempenho e confiabilidade. No entanto, pode limitar a capacidade de expansão. O Software-Defined Storage (SDS) com um conceito de expansão fácil de "basta agregar nós adicionais", é uma solução. Nem sempre é o melhor ajuste, mas lida com os desafios das formas de trabalho nativas digitais – coisas como microsserviços para fornecer flexibilidade, contêineres para implantação e o uso extensivo de APIs, que enfatizam os sistemas subjacentes e o armazenamento de maneiras bem diferentes. No entanto, a SDS cria sua própria complexidade, pois requer novos conhecimentos. Logo, é crucial reduzir a complexidade potencial implantando uma infraestrutura totalmente funcional, além de um sistema de armazenamento completamente testado e uma camada de virtualização pronta para uso.
A proteção de dados não recebe a atenção necessária até que seja tarde demais: depois que o pior aconteceu. É essencial um planejamento de backup, arquivamento e recuperação de dados eficazes. Já que nem todos os dados são essenciais para os negócios, é recomendável gerenciá-los e classificá-los de acordo com as necessidades para equilibrar um nível de serviço aceitável, por um lado, e um custo gerenciável, por outro. A proteção não é mais um problema apenas para o data center principal. e, felizmente, é fácil aplicar a infraestrutura hiperconvergente para lidar com isso. Ferramentas de software eficazes também são essenciais para garantir um backup constante de grandes bancos de dados para que os dados atuais possam ser restaurados a qualquer momento por meio de backup em tempo real. Para arquivamento, as bibliotecas de fitas são uma solução comprovada e econômica.
Será que as empresas estão extraindo o máximo de valor possível de seus dados? Hoje, cada vez mais, as companhias reconhecem que os dados, mesmo antigos, podem ser ouro. Dados sensores IoT ou aplicativos de mídia social, até podem ter pouco valor no momento da criação, mas seu valor pode aumentar exponencialmente quando agregado, analisado ou vendido a consumidores ou outros fornecedores. Um bom ponto de partida é controlar os dados. No passado, as organizações investiam em Business Intelligence (BI) e data warehouses. Hoje, a análise lida com vários tipos de dados estruturados e não estruturados e diversas fontes de dados e os processa muito rapidamente.
O que tudo isso significa é que o arquivamento pode ser a base da proteção de dados e de reduções de custos significativas. Mas também fornece uma plataforma para análise e, potencialmente, novos fluxos de renda.
Sobre o autor: Alex Takaoka é Head of Customer Engagement da Fujitsu do Brasil & South America.
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