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Investir em saúde e segurança no trabalho é estratégico para os negócios, por Marcos Tadeu de Siqueira

Marcos Tadeu de Siqueira
13/01/2017 10:36
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Gestão da saúde e da segurança no trabalho está cada vez mais na estratégia dos negócios e nas prioridades das empresas. Pesquisa realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) com 500 médias e grandes empresas, entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016, mostrou que 71,6% das indústrias afirmaram dar alta atenção à saúde e segurança no trabalho (SST). Isso ocorre, sobretudo, por uma maior conscientização sobre a necessidade de se investir em ações de prevenção de acidentes e de promoção da saúde e bem-estar no trabalho para melhorar a competitividade dos negócios. O levantamento aponta ainda que 48% dos gestores verificaram que esses investimentos geraram redução nas faltas ao trabalho, 43,6% deles constataram aumento da produtividade no chão de fábrica e 34,8% apontaram redução de custos com a saúde dos trabalhadores.

Essa elevada importância dada pelas indústrias à gestão de saúde e segurança no trabalho tem se refletido na redução de acidentes e doenças ocupacionais no Brasil. Dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social apontam que o número de acidentes de trabalho por grupo de 100 mil profissionais caiu mais de 17% entre 2007 e 2013 – de 1.378, em 2007, para 1.142, em 2013. Trata-se de uma redução significativa, sobretudo, em relação a custos, já que acidentes e doenças trazem grande variedade de despesas, desde médicas e indenizações aos trabalhadores e famílias até perda de produtividade e desgaste da imagem das empresas.

Mesmo com esses avanços, há, por outro lado, um desafio maior: o crescimento de afastamentos por doenças não relacionadas ao trabalho, como as doenças osteomusculares, os transtornos mentais e comportamentais, os problemas de saúde causados por violência e acidentes de trânsito e as doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, doenças do coração, etc.).

Nesse novo contexto, as empresas são, portanto, desafiadas a aprimorarem seus esforços em saúde e segurança no trabalho para ampliarem os resultados positivos que vêm obtendo. Ao mesmo tempo precisam tratar a saúde do trabalhador de forma mais integral para reduzir custos relacionados a ausências no trabalho, perda de produtividade e custos com planos de saúde.

Muitas são as experiências empresariais de sucesso nessa área no Brasil. Exemplo disso são os cases de sucesso apresentados na série Almanaque Saúde, estreada em novembro no Canal Futura. A iniciativa, realizada em parceria com o SESI, aborda nos episódios temas relevantes relacionados ao bem-estar, à qualidade de vida e à segurança no trabalho com exemplos reais de ações empreendidas por empresas de diversos setores, como construção civil, frigorífico, têxtil, siderurgia, e outros.

Programas televisivos como o Almanaque Saúde e o uso de novas tecnologias – como os aplicativos em celulares e tablets, as redes sociais, os cursos a distância, os jogos e os vídeos – permitem a interação e a troca de experiência entre os trabalhadores e a disseminação de uma cultura de segurança. Também são importantes ferramentas na gestão de doenças crônicas e redução de custos com saúde, é o que revela a Gold Sachs, empresa americana de consultoria em tendências de mercado e investimentos.

Ao analisar esse cenário e as tendências em saúde e segurança no trabalho, o SESI busca desenvolver soluções inovadoras adequadas à realidade empresarial, que vão de materiais educativos, interativos e motivacionais em plataformas virtuais e em redes sociais até consultorias em gestão da saúde e segurança no trabalho que visam reduzir os custos das empresas.

 

Sobre o autor: Marcos Tadeu de Siqueira é diretor de Operações do Serviço Social da Indústria (SESI).

PS. Artigo publicado no site da Agência CNI de Notícias

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