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Cedae em busca da eficiência energética, por Leonardo Soares

Redação TN Petróleo/Assessoria
21/01/2022 15:15
Cedae em busca da eficiência energética, por Leonardo Soares Imagem: Divulgação Visualizações: 1855 (0) (0) (0) (0)

Com a conclusão dos leilões de concessão dos serviços de saneamento no Estado do Rio Janeiro – um case de sucesso no setor, com ágios de 90 a 187% nos quatro blocos leiloados – a Cedae se reestrutura para os novos desafios.

Após o período de operação assistida com as concessionárias que assumirão as áreas remanescentes, a Cedae passará a se concentrar na captação e no tratamento de água – upstream. Já as novas empresas farão a distribuição da água aos consumidores finais, além de coletar e tratar esgoto - downstream. A Companhia deixa o B2C para se concentrar no B2B, ou seja, deixa de atender o consumidor final e passa a ter as empresas como clientes.

A partir de agora, o novo plano de negócios da Cedae é 100% focado nas diretrizes ESG, sigla em inglês que remete às boas práticas de gestão considerando ambiente, social e governança. Para colocar em prática este novo modelo de empresa, diversas iniciativas já foram implementadas e outras estão em curso, como o projeto de eficiência energética.

A motivação para este programa surgiu pelo fato de a Cedae ser um dos maiores consumidores de energia elétrica da Light. Lançamos, em outubro de 2021, um edital de Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para atrair projetos aplicáveis às nossas plantas de produção com objetivo de economizar energia, diminuir despesas e, sobretudo, reduzir emissão de gases do efeito estufa com a utilização de energias limpas.

O processo se desenhou da seguinte forma: os interessados desenvolvem e custeiam projetos atendendo a critérios fundados em nossos objetivos, passando por substituição de equipamentos, instalação de geradores, aquisição de energia no mercado livre, automação de dispositivos e aplicação de tecnologias capazes de racionalizar e dar mais eficiência a todo o processo.

Recebemos manifestação de interesse de quatro consórcios, que já estão fazendo o levantamento das instalações que vão receber o projeto inicial: Guandu-Lameirão e Imunana-Laranjal. Os estudos devem ser finalizados até o mês de março para dar início ao processo de licitação e a expectativa é que no segundo semestre ano comece a ser implantando. Este modelo pode ser expandido para outras unidades da Companhia após a conclusão da primeira fase.

Hoje, o custo com energia elétrica é o maior da Cedae e a estimativa é que a economia se aproxime a 40% do total despendido pela empresa. Trata-se, portanto, de um processo ‘ganha-ganha’: ganham o projetista, a empresa vencedora da licitação, a Cedae e, principalmente, o planeta.

Adicione-se a tanto, o fato de que não vislumbramos hipóteses futuras de captação de recursos por qualquer empresa divorciada das diretrizes ESG; e mais: a Cedae caminha para capitalizar-se com créditos de carbono, um ativo que seguramente terá especial valor em um futuro breve.

Por fim, tendo uma visão mais global da situação e considerando a grave crise energética no Brasil, que acarretou seguidos aumentos no preço da energia elétrica, a Cedae sai na vanguarda com o lançamento do PMI. Com o novo modelo em prática, daremos início à nossa independência das fontes convencionais de fornecimento, deixando de estar expostos às oscilações causadas por fatores políticos, ambientais e econômicos.

A contribuição para o combate aos efeitos danosos consequentes das mudanças climáticas é nossa missão. Vamos nos tornar uma empresa contemporânea; no caminho da proteção dos nossos maiores ativos ambientais e, com isso, aperfeiçoar nosso carro-chefe, a produção de água de qualidade, valorizando e qualificando nossos quadros técnicos e práticas sustentáveis.

Sobre o autor: Leonardo Soares, diretor-presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) 

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