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Bolsa recua à espera de falas de Haddad e dólar sobe, mas longe das máximas em dia de 'payroll', por Luiz Felipe Bazzo

Redação TN Petróleo/Assessoria
13/03/2023 09:26
Bolsa recua à espera de falas de Haddad e dólar sobe, mas longe das máximas em dia de 'payroll', por Luiz Felipe Bazzo Imagem: Divulgação Visualizações: 934 (0) (0) (0) (0)

Ibovespa - No Brasil, o mercado ainda tem dado o benefício da dúvida ao plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para sustentar as contas públicas. Independentemente do desenho do arcabouço, uma maior visibilidade fiscal já ajuda na melhoria da confiança de investidores. Além disso, investidores estão adotando um tom mais otimista após comentários do governo. Simone Tebet, disse que a nova regra agradará “a todos, inclusive ao mercado”.

Mas, ainda que os investidores alimentem expectativas positivas em relação ao futuro das propostas, não se pode desenhar um cenário de boas notícias, afinal, até agora não foi apresentado nada de concreto para o mercado e nem mesmo a população em geral.

O IPCA de fevereiro acima da média pode pressionar o Copom (Comitê de Política Monetária) a uma nova avaliação sobre a Selic, ameaçando uma eventual antecipação de corte do juro básico para a reunião de maio.

Ainda assim, acredito que a taxa nominal poderá cair durante o segundo trimestre, em consequência do efeito defasado da política monetária restritiva, demanda doméstica reprimida, preços de commodities estabilizados e de oferta favoráveis.

Payroll - Os mercados amanheceram negativos com muitos investidores à espera do relatório de empregos – payroll – dos Estados Unidos. Os dados divulgados mostraram que os EUA criaram 311 mil postos de trabalho em fevereiro, acima da geração de 225 mil vagas esperadas pelo mercado.

Esses resultados são fundamentais para a próxima decisão de política monetária, que acontece no dia 22 de março, e pode definir se o FED decidirá reacelerar o ritmo de aperto da taxa de juros. Ainda que tenha desacelerado ante o nível de 504 mil de janeiro, o número do mês passado ainda reflete um mercado de trabalho mais aquecido do que o FED gostaria.

Foi um resultado que trouxe incertezas quanto ao futuro dos mercados, mostrou geração de empregos acima das expectativas, mas também uma alta na taxa de desemprego, isso preocupa. A maior preocupação agora,  é se esse relatório de empregos vai estimular aumentos agressivos da taxa de juros pelo Federal Reserve.

Esses dados criam expectativas de que o Fed pode não ser tão agressivo na alta de juros na reunião deste mês. Afinal, a inflação está em queda, apesar da aceleração do núcleo em fevereiro, os principais indicadores antecipados sugerem que cairá ainda mais a partir do segundo trimestre, em razão da base comparativa mais elevada.

O relatório foi forte o suficiente para manter a expectativa sobre uma alta de 0,5% no juros, além disso, o índice de preços ao consumidor na próxima semana vai ser o fator decisivo.

Dólar x Real - Embora os resultados do Payroll e IPCA não sejam animadores, o dólar comercial fechou em alta, embora desacelerada,  nesta sexta-feira, apagando parte dos ganhos do real ao longo da semana. O dólar sobe, mas opera longe das máximas da semana, com as atenções voltadas ao risco fiscal do governo e por conta das expectativas nas altas de juros pelo Federal Reserve.

Já a moeda brasileira apresenta um dos piores desempenho frente ao dólar, em uma sessão marcada pela ansiedade em torno do setor bancário americano, incerteza sobre altas de juros com dados ambíguos do "payroll" e também desconforto com a inflação mais forte do que o esperado aqui no Brasil.

O real é um ativo de risco e esses eventos podem gerar uma piora nesse cenário.

Ações - As ações de Via, Magazine Luiza (MGLU3) e Arezzo (ARZZ3) figuram entre as maiores perdas.

A Hapvida valorizava mais de 20%, em dia de ajustes, após despencar mais de 50% no mês e perder 7 bilhões de reais, na esteira de preocupações com a solvência da empresa de serviços de saúde, que avalia a possibilidade de emitir ações - apesar de as cotações estarem em mínimas históricas - para fortalecer sua estrutura financeira

Já a Magazine Luiza caiu 7,96%, a 3,12 reais, após divulgar prejuízo de 35,9 milhões de reais nos três últimos meses do ano passado, embora com alta na receita total e na margem Ebitda. A varejista afirmou que "tomou conhecimento de denúncia anônima" que cita irregularidades envolvendo operações de bonificação relativas a compras de fornecedores e distribuidores e que iniciou apuração dos fatos.

A Via, empresa dona das marcas Ponto e Casas Bahia, apresentou um prejuízo de R$ 163 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo lucro de R$29 milhões dos mesmos três meses de 2021. Helisson Brigido Andrade Lemos, Vice-Presidente de Inovação Digital da Companhia, renunciou ao cargo. As ações desabaram 10%, a R$1,74.

A Arezzo reportou lucro líquido ajustado de R$ 102,7 milhões no quarto tri, mas uma retração de 7,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Por esse motivo, os papéis desabaram 9,40%, a R$70,50.

Sobre o autor: Luiz Felipe Bazzo é CEO do tarnsferbank

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