Para compreender a juventude é preciso entender que não é possível analisar um grupo tão amplo, e em constante transformação por uma perspectiva única. Por isso a pesquisa vem com o termo "juventudes", no plural. É necessário considerar o contexto no qual se desenvolvem, suas raças, gêneros, condições sociais e tantas outras informações que moldam o futuro de tantas pessoas jovens. A partir dessa ideia, a Talk Inc produziu mais uma pesquisa social e de impacto, buscando contribuir para a análise da população mais potente do país.
A pesquisa de 2022 mostra o cenário da vida do jovem brasileiro. É a primeira a entregar dados relevantes como o uso que o jovem faz da internet, e a grande diferença entre internet e as redes sociais para os jovens do nosso país.
O paradoxo da internet na vida das juventudes brasileiras
Segundo a pesquisa Juventudes Brasileiras, que entrevistou 2.291 pessoas de 16 a 29 anos, em 2022, a internet desempenha um papel importante na vida dos jovens, mas alguns destes papéis são minimizados frente à visibilidade que se têm das redes sociais.
De acordo com Carla Mayumi, coordenadora do estudo e sócia fundadora da Talk Inc: "Não se pode desconsiderar a importância de todos os demais usos da internet, que vão muito além de entretenimento e socialização. Costumamos nos referir às redes sociais como se fossem a totalidade da internet, principalmente pensando nas juventudes. Mas a internet é muito mais do que isso, e os dados levantados pela pesquisa nos mostram outros potenciais que precisam ser investigados e pensados como formas de dialogar com as pessoas jovens, para muito além das redes sociais", explica Mayumi.
A pesquisa aponta que 89% das pessoas jovens (o uso mais importante da internet é ser um instrumento de aprendizado). Os usos mais importantes da internet são: disponibilizar informação, conhecimento e conteúdo. Para 41% e 39%, o mais importante da internet está em aprender coisas novas e aprofundar conhecimentos, respectivamente. Já para 50% dos mais jovens (16-17 anos), o uso mais importante de todos é estudar.
Ao mesmo tempo, 44% citam as redes sociais como fonte de ansiedade e depressão. Entre os mais jovens (16-17 anos) esse número é ainda maior: metade aponta as redes sociais como fator motivador de ansiedade e depressão. A pesquisa também destaca que quanto mais alta a classe social, mais isso acontece. Os dados também apontam que pessoas jovens que vivem em regiões rurais sofrem um pouco menos desse problema contemporâneo (36%).
A resistência em se dialogar sobre saúde mental pode estar acobertando um grande e sério problema social
Infelizmente, com a falta de informação e os preconceitos, o debate sobre doenças mentais, sobretudo a ansiedade e a depressão, perde força e faz com que os estereótipos negativos ganhem cada vez mais espaço. 44% dos jovens acreditam que existe um grande tabu ou preconceito de se falar sobre problemas mentais e 58% conversam pouco sobre o assunto com amigos e conhecidos. Dentro desse número, 69% acreditam que o cenário existe por falarem que "é frescura", 51%, que "é coisa de maluco", e 49%, que é puramente por falta de conhecimento.
"Diante de uma sociedade repleta de definições precipitadas e por vezes com visões tendenciosas, as pesquisas se tornam cada vez mais necessárias, não só para entender o universo das juventudes, mas também de forma estratégica, como balizador de um futuro melhor, uma vez que, com dados é possível potencializar práticas de melhorias nos pontos de maior necessidade e, com isso, construir uma sociedade mais justa e igualitária", afirma Cristina Brand, também fundadora da Talk Inc.
Esse estudo nasceu da pesquisa qualitativa realizada pela Talk Inc em 2021 para o projeto Atlas das Juventudes. Os dados representam milhões de vidas e histórias das juventudes brasileiras, e foram investigados com o propósito de que organizações dos setores público e privado se sensibilizem, usando da melhor forma os aprendizados para pensarem iniciativas e políticas para essas pessoas, que representam o futuro do Brasil e do planeta. Para ter acesso a pesquisa completa, acesse o site aqui. Preencha os seus dados e a Talk enviará a pesquisa completa a partir do dia 12 de Dezembro.
Sobre a Talk Inc
Talk Inc já desenvolveu projetos e pesquisas para Itaú, Heineken, Pepsico, Uber, Grupo SBF, B3, Dasa, UHG, Grupo nima, entre outros. A Talk produz pesquisas sociais e também para empresas. É uma empresa gerida por mulheres em que o norte são as pesquisas de tendências e sociais provando que ciências sociais e tecnologias podem se unir e entregar um mundo melhor.
Fonte: Redação TN com assessoria
Foto: Unplash - Divulgação
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