Psicólogo André Barbosa explica que distúrbio é caracterizado por estresse e esgotamento emocional contínuo no ambiente profissional
Viver momentos de estresse no trabalho é algo que faz parte da rotina de todo trabalhador. Todavia, o excesso de estresse acompanhado de longas horas de trabalho e pouco lazer, provoca exaustão (física e emocional) que quando não tratada, pode evoluir para a síndrome de burnout.
Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o burnout como uma doença de trabalho. Os sintomas iniciais desta patologia são: "falta de energia e cansaço excessivo. A pessoa começa a deixar de fazer as coisas que ela sentia prazer em fazer, então em um momento podemos até mesmo confundir essa patologia com a depressão", explica André Barbosa.
"Pessoas que estão em burnout normalmente são pessoas muito resistentes a uma carga emocional pesada e grandes responsabilidades", pontua. "Isso leva o indivíduo a pensar que ele sempre será capaz de lidar com o ambiente desgastante. Mas não é dessa forma que funciona: uma hora chega a conta de tanto estresse", afirma.
Em geral, quem sofre de burnout não pratica exercícios físicos - algo que pode ajudar na recuperação: "a pessoa não quer movimentar o corpo, porque ela chega do trabalho tão exausta que deseja ir direto para a cama dormir", diz André. "Isso é altamente nocivo, porque nós precisamos incluir na nossa rotina momentos de prazer", destaca o especialista em psicologia.
O estresse pode se manifestar de formas distintas: "nem toda pessoa estressada é necessariamente nervosa, e são justamente essas pessoas que devemos nos preocupar mais. Elas sofrem emocionalmente e psicologicamente caladas, um fator agravante", alerta.
Quando não tratada, a doença evolui e passa a afetar não só o psicológico e emocional do paciente, mas também os aspectos físicos do corpo, como a imunidade, por exemplo.
Embora seja um distúrbio emocional, o tratamento do burnout trabalha fatores físicos, mentais e também emocionais: "quem sofre de síndrome de burnout deve cuidar não só da saúde mental, mas também da qualidade de vida como um todo. Para se recuperar, o paciente necessita de noites bem dormidas, praticar exercícios físicos, incluir momentos de prazer em sua rotina e sair de casa para se divertir - claro, com responsabilidade e sabedoria", adverte.
Sobre André Barbosa
O psicólogo e escritor Dr. André Barbosa é formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido.
Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.
Nas Redes Sociais, André Barbosa é dono dos perfis @opsicologo, com mais de 290 mil seguidores, e @freudofficial, com mais de 760 mil.
Por: Redação com assessoria
Imagem: Free pik
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