Estudo revela que 65% dos jovens acreditam no diploma de graduação para garantir melhor empregabilidade

10/01/2022 16:00

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Para especialista, valorização das soft skills e de outras experiências, estão entre os motivos que levam 35% dos profissionais discordarem da afirmação

O debate em volta da importância de ter ou não um diploma de graduação divide opiniões. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Semesp e Symplicity, com apoio do InfoJobs e da CIA de Talentos, com 8,5 mil alunos e egressos da educação superior, revelou que 65% dos jovens acreditam que o fato de ter um diploma de graduação, garante melhor empregabilidade, enquanto os outros 35% discordam da afirmação.
 

Ana Paula Prado, Country Manager do InfoJobs, empresa de tecnologia para RH, trabalha com o setor de recursos humanos há anos e acompanha de perto a discussão acerca do assunto. A executiva conta que o mercado de trabalho sempre teve o costume de olhar para o fato do profissional ter um diploma, mas aos poucos esse conceito foi mudando e outros fatores também foram ganhando importância na disputa por uma oportunidade.
 

"Hoje em dia, além do diploma propriamente dito, os recrutadores têm olhado para experiências e formações mais específicas. Além disso, nunca esteve tão em evidência a questão das soft skills. Principalmente com a pandemia, as habilidade interpessoais ganharam destaque, ou seja, a forma como lidamos com fatores externos e internos da nossa vida profissional e pessoal", afirma.

 

Dentro desse contexto, na opinião dos respondentes, algumas habilidades e competências necessárias no mercado de trabalho atual poderiam ser desenvolvidas pelas instituições de ensino durante o curso superior. A mais citada foi inteligência emocional (49%), seguida por resolução dos problemas (47%) e liderança (43,9%). Além dessas, pensamento crítico (39,8%) e resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade (37,8%) também aparecem no ranking.

 

Os participantes da pesquisa defendem que as instituições poderiam trabalhar essas competências por meio da adequação da grade curricular, atividades práticas, estágios supervisionados, cursos extras, seminários, eventos e networking, por exemplo.

 

Outro ponto que deve ser levado em consideração para o debate é que a recíproca varia a depender da área de atuação dos profissionais. Por exemplo, com a expansão muito rápida do setor de tecnologia, muitas empresas do ramo têm requisitado algumas certificações e domínios específicos, que muitas vezes são garantidos através de cursos profissionalizantes

 

Ainda de acordo com o estudo, 78,8% dos egressos em instituições privadas e 77,8% em públicas dizem que a graduação foi importante para conseguir um emprego. Mais da metade também se sentiu preparado para o mercado de trabalho após a conclusão do curso (58,5% na rede privada e 54,5% na pública). Ainda assim, ainda há um percentual significativo que se sentiram pouco ou nada preparados.

 

"Os respondentes da pesquisa destacam os seguintes tópicos como as maiores dificuldades para ingressar no mercado: falta de experiência, falta de oportunidade, habilidades exigidas pelo mercado e desamparo. Nesse aspecto é importante que as empresas analisem a régua de contratação para profissionais juniores, mas também que as instituições acadêmicas busquem promover atividades práticas e extracurriculares para que os profissionais adquiram experiência", finaliza Ana Paula.

Redação com assessoria

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